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Alimentação baseada no Guia Alimentar


Pesquisa revela que alimentação baseada no Guia Alimentar é mais barata


guia-alimentarLevantamento elaborado por estudantes de nutrição de Brasília provou que uma alimentação baseada no 'Guia Alimentar para a População Brasileira' é mais barata. O custo diário de quatro refeições saudáveis é de R$ 11,84; contra R$ 24,77 de refeições compostas por alimentos ultraprocessados, 52,2% a mais. Ao longo de um mês, a diferença é de R$ 387,90 no orçamento. Em um ano a diferença atinge R$ 4.654,80.


Foram comparados os custos de quatro refeições: café-da-manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Os alimentos selecionados para compor as refeições foram retirados da POF 08/09 e do Guia Alimentar para a População Brasileira.

A porção dos alimentos foi definida com base na porção média de consumo dos brasileiros. Já a pesquisa de preços foi realizada na CEASA-DF, DIEESE, e em três supermercados escolhidos aleatoriamente (todos do DF).

O estudo consegue demonstrar que uma alimentação mais saudável, baseada em preparações regionais e com alimentos in natura e minimamente processados pode sim ser mais barata se comparada a uma alimentação composta de ultraprocessados.

Acesse o trabalho no link (é necessário criar cadastro, pois trata-se de uma rede social acadêmica).

Cálculos realizados com base nas Pesquisas de Orçamentos Familiares do IBGE mostram que, no Brasil, a alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados e em preparações culinárias feitas com esses alimentos não é apenas mais saudável do que a alimentação baseada em alimentos ultraprocessados, mas também mais barata. Para economizar na compra de legumes, verduras e frutas, o ideal é usar variedades que estão na safra, pois essas sempre terão menor preço.

Comprar esses alimentos em locais onde há menos intermediários entre o agricultor e o consumidor final, como ‘sacolões’ ou ‘varejões’, também pode reduzir custos. Ainda melhor é comprar diretamente dos produtores, seja em feiras, seja por meio de grupos coletivos de compras. O Brasil possui uma riqueza de alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras, raízes, tubérculos, que podem compor preparações culinárias criativas e saudáveis. Procure a feira orgânica e agroecológica mais próxima da sua casa.

Guia Alimentar - O Ministério da Saúde lançou em 2014 a edição revisada do Guia Alimentar para a População Brasileira. A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes). 

A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o país, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer. Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.

O Guia orienta as pessoas a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação em redes de fast food e produtos prontos que dispensam preparação culinária (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas). Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas), utilizando-os, preferencialmente, como ingredientes ou parte de refeições. Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.


Fonte: Blog da Saúde com informações Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)

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