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Mostrando postagens com o rótulo Idadismo

Um preconceito sem nome

Se você acha complicado ser negro, mulher ou gay, experimente ser velho(a). A ideia não é fazer um concurso e dar um troféu a quem sofrer mais, mas é preciso coragem e atitude para exibir rugas e demais sinais de uma vida iniciada há mais de seis década. Desrespeito, deboche e impaciência são constantes no cotidiano dos idosos. O mundo, especialmente o virtual, pode ser bem hostil. Quem frequenta as redes sociais sabe da enxurrada de insultos a pessoas de idade que se atrevem a expressar suas opiniões. Há sempre alguém desqualificando-as sob a acusação de senilidade. É comum que ilustres anônimos se sintam autorizados a chamar de senil, esclerosado, caduco pessoas com vasta folha de serviços prestados à sociedade. A experiência e competência, acumuladas ao longo de anos de trabalho e estudo, são depreciadas por quem considera sua juventude o único requisito para chancelar ideias. É impressionante a falta de cerimônia com que muitos mandam se calar pessoas que deveriam ser escutadas. A

Combater o idadismo é prevenir a violência

Podemos definir idadismo como estereótipos, preconceitos e discriminação em relação aos idosos.  O idadismo se manifesta de formas múltiplas: linguagem depreciativa, infantilização das pessoas mais velhas ou a falta de consideração de suas próprias necessidades e decisões. Comentário do Blog: Hoje a postagem é em dose dupla. A primeira parte é um documento, com tradução livre, da  HelpAge International e o segundo artigo, também com tradução livre, é  da gerontóloga e feminista Anna Freixas Farré. Tenho a certeza de que os artigos interagem entre si e com os leitores e as leitoras de todas as idades que aqui chegarem.. O Idadismo está relacionado a atitudes que em muitas ocasiões de forma inconsciente, utilizamos, porque estão naturalizados baseados em relações de desigualdade e por isso às vezes são difíceis de reconhecer. Por exemplo, é muito comum ouvir falarmos sobre "nossos idosos": é uma expressão que é usado amorosamente e quase sempre, com boas intenções. Mas ... o q

Pandemia agrava preconceito contra idosos

Idosos não são ônus e contribuem economicamente à sociedade, diz professora Anita Liberalesso Neri Comentário do Blog: Na postagem anterior  usamos o termo Idadismo. Nesta entrevista, Liana Coll dá início a conversa mencionando os termos etarismo e ageísmo.  O idadismo vem do inglês "ageism" e não é mais do que a discriminação à idade, uma forma de preconceito contra os idosos. A maioria de nós reconhece que a discriminação é desagradável em todas as suas formas, mas parece que há alguns aspectos curiosos do envelhecimento que a tornam diferente de outros tipos de discriminação. O #preconceito baseado em questões de idade se agravou na pandemia de Covid-19. Os #idosos são encarados como um peso para a sociedade, para o sistema de saúde, e para a #previdência social. Além disso são alvo de piadas pela dificuldade que muitos têm para se manter em isolamento. Isso contraria a realidade brasileira, uma vez que 60% dos idosos são responsáveis pelo sustento de suas famílias. Pro

Confundir velhice com vulnerabilidade é idadismo

Normalmente, não ousamos tocar no assunto da velhice, o mesmo que o da morte. Quando somos jovens, nunca pensamos que vamos envelhecer e piorar, que um dia vamos morrer. Esse assunto foi amplamente abordado pela escritora francesa  Simone de Beauvoir  (1908-1986), uma companheira inseparável daquele grande da literatura universal, também francesa,  Jean-Paul Sartre  (1905-1980). No livro  Velhice,  foi dito com razão que “Com sua provada lucidez e bravura, Simone de Beauvoir enfrenta um dos problemas mais prementes da sociedade contemporânea: a velhice. Pessoas idosas são seres humanos? O mundo de hoje parece negar, recusando-se a admitir que eles têm as mesmas necessidades, os mesmos direitos que os outros. Velhice: vítima de marginalização cruel, ameaçada pela solidão e pela miséria. Muitas vezes, pretende-se ignorar esta situação. E não é incomum associar a velhice à doença, a algo que nem pode ser nomeado. Este livro tenta descobrir a verdadeira condição do antigo, tenta ouvir uma

Todos somos ou seremos vítimas do preconceito etário

Amamos os mais velhos e esperamos envelhecer, então por que esse interesse pessoal não se traduz em políticas públicas? Em instituições para cuidados a idosos é possível vê-los sentados em salas de cor neutra em frente a uma TV – que, na maioria das vezes, não é assistida. Uns estão dormindo, outros sedados e alguns cognitivamente debilitados. É difícil lembrar que eles já foram jovens, autônomos e independentes. Mas difícil mesmo é pensar que um dia você poderá estar no lugar deles. “A equipe de cuidadores não os chama pelos nomes”, diz um visitante de uma destas instituições. Talvez não seja por desrespeito, mas privar alguém de um nome é apenas um exemplo da desumanização inconsciente que ocorre frequentemente no tratamento aos idosos. Algumas pessoas tomam medidas extremas para evitar este cenário: ingressam na  Exit International  (organização sem fins lucrativos que defende a legalização da eutanásia voluntária e do suicídio assistido) ou se permitem terminar com suas vidas no mo

É preciso rever o lugar do velho em nossa sociedade

Associado a uma visão turva, na qual o próprio idoso faz parte, temos um contexto político e social que nem sempre favorece o crescimento e desenvolvimento dos seres humanos como um todo. E o idoso, já fora do mercado de trabalho, entra em cena como um dos atores mais prejudicados dessa peça. Vivemos um momento de transição, em que o idoso emerge como alguém que veio para ficar, independente do desejo e dos interesses sociais. Ao longo os anos, o idoso virou depositário de críticas, cobranças e insinuações, construídas a partir de uma visão equivocada sobre o idoso e o processo de envelhecer. Associado a essa visão turva, na qual o próprio idoso faz parte, temos um contexto político e social que nem sempre favorece o crescimento e desenvolvimento dos seres humanos como um todo. E o idoso, já fora do mercado de trabalho, entra em cena como um dos atores mais prejudicados dessa peça. As famílias estão dependentes das parcas rendas da aposentadoria. Falta espaço para todos, e é atribuído

Idadismo, até quando?

Pessoas ativas, maiores de 60 anos. produtivas e saudáveis são necessárias a uma sociedade que respeite os Direitos Humanos. Comentário do Blog: Idadismo é atitude preconceituosa e discriminatória com base na idade, sobretudo em relação a pessoas idosas, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa. Na sociedade atual, são vítimas do idadismo os jovens e os velhos.   Estudos recentes mostram que, em Portugal, o grupo mais  atingido e de forma especialmente gravosa pelo idadismo, é o dos idosos.  Desenvolvemos o argumento de que a origem do preconceito e discriminação com  base na idade é de ordem societal e que a possibilidade de produção de mudança  efetiva ocorre através de intervenções articuladas aos vários níveis ecológicos.  Entendemos que o idadismo é uma forma de relação, uma relação que prejudica o  Outro e, como tal, a intervenção passa pelo trabalho sócio-educativo-cultural-político  com todas as partes envolvidas e com evidentes benefícios para todos. Afinal, nós  somos todos

Discriminação na terceira idade

Comentário do Blog: Posto uma sugestão de leitura com o comentário extraído do Blog Em cada rosto uma igualdade. Como se fora combinado encontrei, imediatamente, uma campanha contra o Idadismo, que será a próxima postagem. Os temas são vinculados. Vamos ao comentário sobre o livro  Discriminação na Terceira Idade de Sibila Marques. Acabo de ler  o ensaio Discriminação da Terceira Idade de Sibila Marques , edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e a primeira coisa que me ocorre é recomendá-lo porque, e até pegando no parágrafo com que a autora termina o texto - Espero que estas sugestões sejam úteis na promoção de uma sociedade mais inclusiva na qual os grupos de diferentes idades convivam de forma mais igualitária e menos preconceituosa. Não há dúvida de que o caminho a percorrer ainda é longo. No entento, deve ser iniciado o mais rapidamente possível -,  no meu caso, o seu desejo cumpriu-se: não tenho dúvidas que me  foi muito útil, em termos concetuias e práticos. E é minha