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Mostrando postagens com o rótulo poesia

Velhice é música e poesia

A velhice, já sinto!  A velhice ganhou poesia e uma linda melodia na composição “Jacintho” de Gilberto Gil que aos 76 anos lança disco com canções inéditas e condizentes com seu momento atual. Gil nos diz que está pronto para viver a velhice. Comentário do Blog:   Ontem, dia 12/08 utilizei um dos versos da música OK,OK, OK,OK  do Giberto Gil para encerrar uma palestra/conversa como parte do Momento Gerontológico na Unicap - Universidade Católica de PE. Hoje, é com alegria que compartilho um artigo  com suave poesia do cotidiano e  a alegria de viver de Cristiane T. Pomeranz   Ultimamente é ela quem dá as cartas aqui em casa e eu tenho acatado com muito carinho a necessidade que ela tem de estar acompanhada. E se a velhice é uma construção de afetos, ela soube como ninguém envelhecer e conquistar meu coração que percebe, nos dias atuais, uma possibilidade de devolver, pelo menos um pouco de todo amor que ela sempre me entregou ao longo da sua vida. Faz 10 anos que trabalho com velhos. V

“Vivir para envejecer” por Angel López Hernanz

Comentário do Blog: É um texto de pura beleza. Nació antes de la guerra, tiempos duros en la campiña andaluza, fue un joven de los “tiempos de la hambre”; como me cuenta, el espíritu de supervivencia le hacía competir con sus propios hermanos en la mesa por un corrusco de pan. Las enfermedades no lo trataron mal, no tuvo que consultar mucho al médico, aunque en el pueblo en aquellos entonces no había, sólo tuvo que visitarlo en una ocasión en el pueblo de al lado por una herida producida en la pierna, cuando una rama de árbol se la atravesó, mientras cuidaba del rebaño de animales, de la que se recuperó totalmente. Se casó y tuvo media docena de hijos, alguno de ellos quedó en el camino por “unas calenturas muy malas que le dieron cuando era un zagal” mientras me lo cuenta lo hace mirando al infinito, trasladándose a aquel momento en el tiempo con su memoria, el ceño fruncido y la voz pausada mientras me cuenta historias de otros tiempos. Yo conocí al matrimonio hace 30 años ya mayore

Poesia para uma manhã chuvosa: Catador de lindezas e Guardar

CATADORA DE LINDEZAS "Eu venho de lá, onde o bem é maior. De onde a maldade seca, não brota. De onde é sol, mesmo em dia de chuva e a chuva chega como benção. Lá sempre tem uma asa, um abrigo para proteger do vento e das tempestades. Eu venho de um lugar que tem cheiro de mato, água de rio logo ali e passarinho em todas as estações. Eu venho de um lugar em que se divide o pão, se divide a dor e se multiplica o amor. Eu venho de um lugar onde quem parte fica para sempre, porque só deixou boas lembranças. Eu venho de um lugar onde criança é anjo, jovem é esperança e os mais velhos são confiança e sabedoria. Eu venho de um lugar onde irmão é laço de amor e amigo é sempre abraço. Onde o lar acolhe para sempre, como o coração de mãe. Eu venho de um lugar que é luz mesmo em noite escura. Que é paz, fé e carinho. Eu venho de lá e não estou sozinho, “sou catador de lindezas”, sobrevivo de encantamento, me alimento do que é bom, do bem. Procuro bonitezas e bem querer, sobrevivo do que tem

Agora eu vou ficar Bonita

Quando o Envelhecer é arte: O texto mistura sambas nacionais com poesias e depoimentos que tratam sobre as incertezas que andam lado a lado com esse tema. Comentário do Blog: A peça fica em cartaz em São Paulo até dia 1º de maio. Quem estiver por lá, ainda poderá assistir. Mas o meu alerta é para quando e peça estiver em cartaz  na minha, na tua, na nossa cidade  nos façamos presentes na plateia. Não se trata de uma montagem sobre pessoas velhas, mas sim sobre o processo de envelhecimento pelo qual as pessoas passam desde o momento em que nascem. “Agora eu Vou Ficar Bonita” é uma peça idealizada pela atriz Regina Braga em parceria com seu marido, o médico e escritor Drauzio Varella. O texto mistura sambas nacionais com poesias e depoimentos que tratam sobre as incertezas que andam lado a lado com esse tema. Quando Carlos Drummond escreve: “Sinto que o tempo abate sobre mim sua mão pesada”, Nelson Cavaquinho lamenta: “Sei que estou no último degrau da vida, meu amor”, Mario Quintana di

Vários olhares sobre a velhice - Palavras sobre palavras 22

Comentário do Blog ; Há poucos dias, ou seja dia 10/02/16. postei o artigo  "Imaginário da Velhice na Música Popular Brasileira (MPB)" hoje, posto um texto de Eliane F.C.Lima do Blog Literatura em Viva 2 em que analisa a velhice sob os olhares poéticos. Eliane, assim vê: "Na atual postagem, o tema recorrente é a velhice. Os textos escolhidos são de poetisas contemporâneas, com as quais já trabalhei. E, de início, pelas pistas que cada um fornece, se podem reconhecer as diferentes fases da vida em que cada ser poético está, o que lhes propicia uma avaliação divergente diante desse momento da vida. Poema I: Martha Medeiros  envelhecer, quem sabe não seja assim tão desastroso me interessa perder esta ansiedade me atrai ser atraente mais tarde um pouco mais de idade, que importa envelhecer, quem sabe não seja assim tão só O eu lírico do texto de Martha Medeiros não está na velhice ainda – “envelhecer, quem sabe...” – e, por isso, mantém uma expectativa positiva, ou, pelo men

Lab 60 e o Significado da Longevidade

Lab 60 - Um Encontro para Revolucionar o Significado da Longevidade 06,07 E 08 DE NOVEMBRO CINEMATECA BRASILEIRA / SÃO PAULO  Estamos vivendo a revolução da longevidade. Vivemos muito mais e o envelhecimento precisa ganhar um novo significado, que foca nos ganhos e potenciais das diversas fases da vida. A primeira edição aconteceu em 2014 e contou com +500 participantes em uma manhã inesquecível.  Em 2015, o encontro cresceu e aconteceu nos dias 6, 7 e 8 de novembro, das 8h às 22h, na Cinemateca Brasileira. Foram mais de 50 eventos gratuitos que inspiraram +1700pessoas, mobilizaram +100 voluntários e engajaram +30 organizações. O lab 60+ propõe respostas positivas e inovadoras para a longevidade. Organizações de todos os setores discutem e propõem soluções coletivas. Cidadãos vivenciam e ressignificam o que é ser e realizar no 60+ anos. Estamos presenciando a revolução da longevidade. Vivemos cada vez mais. Precisamos manter a dignidade, cuidar da saúde e revitalizar o poder de realiza

A poesia cede lugar a um "texto poético".

A poetisa Cora Coralina morreu no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, aos noventa e seis anos. Perguntaram-lhe em uma entrevista, o que era viver bem. Ela respondeu à repórter:             Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo a você: Não pense.             Nunca diga: Estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo que estou velha e nem que estou ouvindo pouco.             É claro que, quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.             O melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga para você mesma que está ficando esquecida porque assim você fica mais.             Nunca digo que estou doente, falo sempre: Estou ótima!             Não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.             Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se co

A velhice em poesia

Duas formas de ver a velhice. Você está convidado a "poetizar" por aqui . Sobre o tema que lhe agradar. Construiremos a várias mãos "o domingo com poesia". A Velhice Pede Desculpas - Cecília Meireles, in Poemas 1958   Tão velho estou como árvore no inverno, vulcão sufocado, pássaro sonolento. Tão velho estou, de pálpebras baixas, acostumado apenas ao som das músicas, à forma das letras. Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético dos provisórios dias do mundo: Mas há um sol eterno, eterno e brando e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir. Desculpai-me esta face, que se fez resignada: já não é a minha, mas a do tempo, com seus muitos episódios. Desculpai-me não ser bem eu: mas um fantasma de tudo. Recebereis em mim muitos mil anos, é certo, com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras. Desculpai-me viver ainda: que os destroços, mesmo os da maior glória, são na verdade só destroços, destroços. A velhice   - Olavo Bilac Olha estas velhas árvores, ma