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Mostrando postagens de maio, 2021

Viver juntos?

  Palestra "Viver Juntos?" proferida por Contardo Calligaris, no III Fórum de Sustentabilidade do TRT-PR. Em novembro de 2015 foi realizado na  semana, quinta e sexta-feira (12 e 13/11), a Comissão de Responsabilidade Socioambiental do TRT-PR promoveu o III Fórum de Sustentabilidade - Cidadania e Justiça.  Esta palestra está atualíssima e nos juda a  pensar sobre a realidade. Caligaris, uma pessoa que faz e fará falta.

O que é ser mulher?

Comentário do Blog: Posto, hoje, três artigos cujas realidades estão presentes no processo de envelhecimento e podem e devem ser consideradas nesse processo. Os artigos falan da transsexualidade, do homosexualismo e do viver juntos.   Maio de 2021 Penélope Guerrero, nacida en Jerez de la Frontera, es una actriz, artista e intérprete trans. Cuenta con casi 200 mil subscriptores en su canal de Youtube, donde comparte vídeos sobre el empoderamiento del colectivo transexual y busca servir como referente a aquellas personas que se encuentran en su situación. Modelo cotizada que trabaja con fotógrafos y marcas interesados en ofrecer al mundo una imagen diferente al concepto habitual que tenemos como “modelo”. Ella siente que no tuvo muchos referentes en los que apoyarse. Por eso, tras emprender su transición y vivirla con tanta libertad, muestra en su redes cómo se ha creado a sí misma y trata de difundir al mundo la idea de que no sólo hay una forma obligada de expresar tu identidad. . Thi

“Reconhecer a depressão ajuda a enfrentá-la”

  A depressão é capaz de reduzir nossa capacidade imunológica, alerta o escritor   Andrew Solomon   sobre o aumento na incidência da doença devido à pandemia de covid-19 e suas consequências, como o distanciamento social. São questões que acabam sendo negligenciadas no cenário de urgências em que estamos vivendo.  Conferencista do  Fronteiras do Pensamento  2020, edição que teve como tema a  Reinvenção do humano , Solomon é um dos mais respeitados especialistas a falar sobre saúde mental e depressão. Frequentemente tratadas como luxo, como algo não essencial, as enfermidades da psique podem tomar proporções tão graves quanto as enfermidades físicas.     Uma das importantes perspectivas para o tratamento e melhor condução da doença está na aceitação, no reconhecimento de que é algo que faz parte da nossa vida. Nesta entrevista exclusiva para a Braskem, o escritor explica que a depressão é uma vulnerabilidade genética desencadeada por fatores externos. Reconhecê-la como parte de nossa ex

Conhece a ti mesmo

  Quando eu estava começando a lecionar, na pós-graduação, uma amiga minha com mais experiência em sala de aula me contou sobre um estudo que encontrou. Não posso dizer se este estudo realmente existe. Nunca procurei por ele, e agora me parece uma daquelas anedotas muito viajadas que foram passadas de mão em mão, acumulando mais bagagem ao longo do caminho, como uma cadeia de blocos. O estudo, ela me disse, descobriu que os alunos que foram solicitados a avaliar seu instrutor cinco segundos depois da primeira aula do semestre deram mais ou menos a mesma avaliação que no final do semestre. O instrutor que era gostado ao entrar na sala ainda era gostado três meses depois. O instrutor que parecia severo não conseguiu mudar nenhuma opinião. Apesar de seu fatalismo implícito, minha amiga afirmou que achou a conclusão do estudo consoladora. Depois de aceitar que seu personagem era imediatamente transparente, não havia pressão para manter as aparências. Se eu me sentisse nervosa sobre como

Pandemia reduz expectativa de vida dos brasileiros

País retorna ao patamar de 2013. Queda 72% mais forte que EUA A pandemia do novo coronavírus reduziu a expectativa de vida no Brasil em 1,94 ano, segundo estudo feito em parceria de pesquisadores da Universidade Harvard e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Eis a  íntegra  (4 MB). A pesquisa “Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19”, publicada em versão preliminar, sem revisão de outros especialistas da área, observou o impacto da pandemia na expectativa de vida no nascimento e aos 65 anos, já que idosos são as maiores vítimas da covid-19. “O número de mortos por covid-19 no Brasil em 2020 foi catastrófico. Nos Estados, os ganhos de longevidade alcançados ao longo de anos ou mesmo décadas foram revertidos pela pandemia” , afirmam os cientistas. O decréscimo que a covid-19 causou na esperança de vida brasileira em 2020 foi 72% maior que o observado nos Estados Unidos, líder de mortes pela doença no planeta. O trabalho indica que, nos últimos 20 anos,

A velhice insubmissa

C oletivo cívico francês deixa boa lição diante dos ataques aos mais velhos na pandemia Por: Jorge Félix -  Doutor em ciências sociais, é professor de gerontologia da USP, pesquisador da Fapesp e autor de ‘Economia da Longevidade’ (ed. 106 Ideias) e   Guita Grin Debert -  Professora do Departamento de Antropologia e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp, é autora de ‘Reinvenção da Velhice’ (Prêmio Jabuti de Ciências Sociais; ed. Edusp) [resumo]  Diante dos ataques contra a vida das pessoas idosas durante a pandemia, um coletivo cívico francês deixa a lição de que a associação convencional entre o avanço da idade e a sensatez acaba por criar barreiras para a mobilização social e política na velhice. Maior sabedoria que os mais velhos podem legar aos jovens, defende o texto abaixo, é a resistência, jamais a resiliência. A pandemia da Covid-19  fomentou várias reflexões sobre a velhice, ora com visões preconceituosas, ora com um certo paternalismo complacente. Dentre es

A vida dos idosos negros também importa

  Grupo é o mais afetado em um momento em que o país acumula uma série de crises Novembro é o mês em que parte da população entende a necessidade de pensar na consciência, no corpo, nas condições de vida e na identidade das pessoas negras no nosso país. E é justamente nesse mês que o presidente da República transfere para cidadãos e cidadãs o fracasso do Estado no enfrentamento de uma sindemia, além de uma pandemia. Sindemia pelo fato de ser um acúmulo de diversas crises: sanitária, política (em que impera o negacionismo), econômica (crescente número de desalentados e desempregados), conflitos raciais (isolamento e distanciamento não foram capazes de amenizar as práticas violentas contra grupos sociais desprivilegiados) e a Covid-19. São essas crises que simbolizam as marcas do racismo, pois são as pessoas negras as mais afetadas. Estamos lutando pelo direito de respirar, parafraseando o filósofo camaronês Achille Mbembe, e os idosos negros talvez sejam o grupo a quem esse direito é ma

A inacreditável invisibilidade que cobre os povos ciganos

Foto original: a cigana Maria de Lourdes fotografada em Florânia, RN, por H. Scheppa Enquanto o Brasil atinge o marco de mais de 7 mil mortes provocadas pelo coronavírus, a pandemia, caracterizada por tantos pesquisadores como  uma doença do século XXI , segue revirando as entranhas arcaicas desta sociedade miscigenada, diversa e racista. São muitas as vozes que gritam em resistência. Os povos originários, os que aqui chegaram, os que aqui vivem hoje – em condições vulnerabilizadas – não aceitam que a morte lhes seja imposta, como fato irrevogável. Para alguns grupos étnicos, como os ciganos (romani, como se identificam), o grito é abafado por séculos de invisibilidade. Diante da crise sanitária, eles dizem o óbvio: se nasceram no Brasil, são brasileiros. É preciso enxergar e ouvir romani  Romani é uma língua não escrita, que não é oficializada em nenhum país do mundo – mas está em toda parte. Não se sabe quantas pessoas ciganas vivem em território brasileiro,  desde 2014 não são conta