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Mostrando postagens com o rótulo harmonia

O segredo de envelhecer bem

Aos 88 anos, continuo a ser um corredor competitivo, sempre percorrendo os últimos 100 metros de uma corrida no limite de minhas forças. A linha de chegada de minha vida se avizinha e espero alcançá-la tendo dado o melhor de mim ao longo do caminho. Tenho treinado meu corpo para atender às demandas desse trecho final. No entanto, eu me pergunto, deveria ter pedido mais de minha mente? Não tenho problemas para levar meu corpo para a academia ou para a linha de partida. Fiz um bom trabalho convencendo-me de que se não me exercitasse libertaria vários predadores que vão atrás dos idosos que ficam em seus sofás, mas não daqueles que estão nas esteiras. Quanto mais eu suava, mais provavelmente meu profissional de saúde continuaria a dizer: "Continue a fazer o que está fazendo, e nos vemos no ano que vem". Era minha maneira de manter a distância o temido: "Senhor Goldfarb, acho que temos más notícias". Minha cabeça, por outro lado, parece menos disposta a ceder à discipli

Uma Crônica - A arte de não adoecer

Se não quiser adoecer, "Fale de seus sentimentos" Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia! Se não quiser adoecer - "Tome decisões" A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.A indecisão acumula  problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele. Se não  quiser adoecer - "Busque soluções" Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fó

Dilemas e delícias da família moderna

 Dra. Elizabeth Monteiro: adolescentes e avós Comentário do Blog: Não envelhecemos sozinhos, no curso da vida muitos fatos e variáveis nos acompanham, já fomos filhas e filhos, mães e pais, depois sogras e sogros e finalmente avós e avôs. Escolhi para hoje  o depoimento da Dra. Elizabeth Monteiro que já percorreu es se caminhos e também é escritora. Como escritora  pergunta: "Que papel é reservado às avós no mundo de hoje? E às sogras? Certamente elas não são mais aquelas velhinhas que passavam o dia todo tricotando. Hoje, trabalham fora, cuidam ativamente dos netos e muitas vezes sustentam toda a família. Nesta obra, Betty Monteiro fala sobre o lugar dos avós na sociedade moderna, aponta limites para a intervenção na família e aponta caminhos para uma convivência intergeracional harmoniosa."  O livro que destacamos é "Avós e Sogras Dilemas e delícias da família moderna" e  a seguir o seu artigo: "Adolescentes e avós." Quando a gente pensa na diferença ent

A vida é muito curta para beber vinho ruim!

Sugestões para aqueles que passaram das suas bem-vividas 60 primaveras e para quem ainda não chegou lá e, quando chegar, quer vivê-las plenamente. Algumas você já sabe, outras podem lhe surpreender... Enfim, leia, reflita, coloque em prática o que lhe convém e... tenha uma ótima vida! É hora de usar o dinheiro (pouco ou muito) que você conseguiu economizar - Use-o para você, não para guardá-lo. Não desfrute-o com aqueles que não têm a menor noção do sacrifício que você fez para consegui-lo. Geralmente alguns parentes, mesmo que distantes, têm ótimas ideias sobre como aplicar o  seu suado dinheiro. Lembre-se que não há nada mais perigoso do que um parente com idéias. Atenção: não é época de fazer investimentos grandiosos. Eles acabam trazendo problemas e agora é hora de ter muita paz e tranquilidade. Pare de se preocupar com a situação financeira dos seus filhos e netos - Não se sinta culpado por gastar o dinheiro consigo mesmo. Você provavelmente já ofereceu o que foi possível n

A espiritualidade e o envelhecimento humano

Envelhecer saudavelmente depende de fatores econômicos, sociais, culturais, políticos e espirituais construídos de forma individual durante toda a vida. O bem-estar espiritual conquistado através dessa dimensão humana do ser, certamente poderá propiciar, na indispensável  vivência da velhice, mais uma chance para um olhar interior, um olhar para o todo da existência, sendo esse um estágio indispensável à Completude da Vida! Com a proximidade da finitude do corpo físico, a crença na imortalidade do espírito revela a necessidade de qualificar e dignificar esta breve existência, para que esta fase da vida possa ser de grande beleza espiritual. Nesse processo de viver e envelhecer – como regra, não mais como exceção – levanta-se cada vez mais as questões das necessidades espirituais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o bem-estar, físico, mental, psicológico e espiritual, além de rel

A vida: la pintamos de muchos colores

La vida es nuestra y la pintamos de muchos colores Sugestão do Blog: sinta-se a vontade, use o tradutor Siempre he creído que el arte es una dimensión liberadora de sentidos y afectos íntimos e  infinitos, que con él podemos descubrirnos y redescubrirnos, con acciones y reacciones. A través del arte se puede reflexionar y dar nuevos significados a la sociedad de la que somos parte, porque precisamente la creación artística surge en ese rico espacio de convivencia. Una experiencia de diálogo en el cual cada esfuerzo y cada idea suman. Así lo he constatado y desde hace años lo he podido desarrollar con las personas adultas mayores con las que felizmente trabajo. “¿En verdad podremos pintar un mural en el frontis de la Casa?”, dijeron Doña F. León y Doña A. Villar, ambas residentes del AMMRA – Albergue Municipal María Rosario Araoz. Se acareaba el 21 de septiembre Día Internacional del Alzheimer Enfermedad de Alzheimer y tenía una idea diferente para celebrarlo con mis amigos de la “Brig

Capoeira e seus benefícios

Todos sabemos da importância da prática de atividades esportivas, para a nossa saúde, principalmente em pessoas com uma idade mais avançada. Comentário do Blog: A capoeira é Patrimônio Cultural e, há anos , vem sendo uma importante alidada da fisioterapia com idosos. É nessa época que o corpo demonstra o acúmulo dos anos vividos e começa a trabalhar mais devagar, e a ter alguns problemas relacionados à idade. Hoje, graças ao poder de informação muitas pessoas da terceira idade estão se preocupando mais com a sua saúde tanto física quanto mental e estão procurando formas de se exercitarem a fim de terem uma vida mais saudável. E foi assim que muitos jovens da terceira idade começaram a procurar academias de capoeira, que por algum motivo chamou a sua atenção. Benefícios - A capoeira melhora o desempenho físico, corrige a postura corporal, aumenta o reflexo, a capacidade cárdiorespiratória e conseqüentemente o condicionamento físico. Além do corpo, a capoeira também desenvolve a saúde me

A música das gerações

Bom domingo, seja bem vindo! Poste aqui a música da sua geração, aquela que marcou você em alguns momentos da sua vida. Espero você para alegrar o dia Enquanto você está a caminho lembro que as gerações tem a seguinte classificação: Veteranos:  1922 a 1945 Boomers:    1945 a 1965 Gerção X    1965 a 1977 Geração Y  1977 a 2000 Como tenho um pezinho na geração Veteranos, posto esta bonita história. "Maria Bethânia" - Música composta em 1943 por encomenda para a peça musical "Senhora de Engenho", do autor pernambucano Mario Sette. Nelson Gonçalves em visita a Recife gostou tanto da música que fez questão de gravá-la já em 1944, com imenso sucesso. Foi tão grande o sucesso da música, que Maria Bethânia passou a ser nome da moda e de muitas meninas nascidas na época, como foi o caso da cantora baiana, irmã de Caetano Velloso, que teve seu nome sugerido pelo irmão. Nelson Gonçalves "Maria Bethânia" - 1943 Composição : Capiba.  Maria Bethânia [youtube]https://you

Velhice não é doença

Vivendo. Um dia de cada vez. Comentário do Blog: O perfil aqui descrito é de  Teruska Bickel  e escreve na Página do Facebook   Velhice, me aguarde . Aqui publicado com sua permissão. Tenho 65 anos. Peso exatamente 60 k, 1,65m, portanto não sou gorda. Nem magra como fui na juventude. Meu manequim é 40. Me chamam por senhora mas poucos acreditam que tenho filhos de 40 anos. Sou uma velha senhora, na dúvida. Sou velha, mas não sou doente . É o que diz minha disposição física, meu temperamento cheio de altos e baixos, minha consciência, meus propósitos, os mesmo que eu tinha com 20 anos. Ainda toco os dedos dos pés com as mãos, em pé ou sentada, ainda me sento com as pernas cruzadas, ainda ando de pés descalços, ainda arregaço as calças até os joelhos, levanto-me do chão sem usar as mãos e, pasmem os mais jovens, ando com desenvoltura e sem bengalas! Não tenho nenhuma das doenças chamadas da velhice, minhas juntas estão bem untadas, sou flexível como sempre fui. Sei fazer tricô, crochê,

Altas Aventuras

Casal de mais de 80 anos comemora os 60 de casamento recriando cenas emocionantes do filme “Up”  Uma das histórias de amor mais bonitas do cinema foi traduzida em formato de desenho animado, no filme “ Up: Altas Aventuras “. É difícil ver a animação e não se emocionar com a história romântica de  Carl e Ellie – e um casal de idosos decidiu recriar algumas das cenas mais bonitas do filme na vida real. As imagens foram feitas para os avós pelo pianista e youtuber Jason Lyle Back para comemorar o aniversário de 60 anos de casados dos dois. Tudo com a trilha sonora do filme original, é claro. O casal toca duetos juntinho desde 1955 e o vídeo foi realizado pensando em todos os detalhes: das bolinhas de tênis na bengala ao livro em que os personagens colecionam suas aventuras . Só faltou a casinha voadora para completar tudo. Olha só quanto amor: [youtube]https://youtu.be/CWUBurZn0Kc[/youtube] O neto pianista destaca alguns fatos que considera “mais divertidos”: O piano que eles estão toc

Vivemos tempos líquidos

ZYGMUNT BAUMAN: VIVEMOS TEMPOS LÍQUIDOS. NADA É PARA DURAR Comentário do Blog:  Embora já tenha compartilhado algumas entrevistas de ZYGMUNT BAUMAN ainda não li seus livros. Mas, uso de um artigo PUBLICADO EM RECORTES POR GISELI BETSY   que comenta Bauman com muita propriedade, de tal forma que aqui o posto.  Tudo gira em torno das relações humanas e é dela e com ela que aqui trabalhamos o tempo todo. Mesmo com sinais de pouca durabilidade, necessário é que as relações sejam respeitosas e solidárias e mais ainda permeadas pelo Cuidado. Este Cuidado amoroso que a humanidade tanto precisa e depende. Como referência pus uma foto que fiz nestes dias de feriado prolongado. O texto me fez pensar sobre ela, as relações sistêmicas, o amor e a liberdade. Estamos cada vez mais aparelhados com iPhones, tablets, notebooks, etc. Tudo para disfarçar o antigo medo da solidão. O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento. Este

Música e cores deixam moradias privadas e coletivas mais estimulantes

Animar o ambiente com música e cores pode servir de meio para a criação de vínculos através do prazer de estar num lugar significativo. Se considerarmos o uso de melodias adequadas ao idoso morador e a composição de ambientes coloridos com tonalidades em tons suaves, certamente poderemos criar situações de conforto e prazer. Essa é uma prerrogativa para pessoas de qualquer idade, mas a fragilidade crescente de pessoas no período da velhice torna mais urgente que se tomem iniciativas assim, tanto em moradias coletivas como em habitações privadas. Quando entramos em um lugar todo branco, com poucos acessórios, qual a reação? Geralmente o que vem à cabeça é a semelhança com ambiente hospitalar, sempre associado à assepsia mas, também, à dor e à incerteza. E o silêncio? Pode ser um coadjuvante importante quando a mente necessita foco para atividades intelectuais, mas um inimigo perigoso quando a solidão sugere pensamentos negativos. Há relatos sobre pessoas demenciadas que se mantinham alh

Arquitetura inclusiva: Casa para o idoso.

"Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice" . Esta frase, de autoria do conhecido filósofo grego Platão, nos leva a refletir sobre o descaso dado pela sociedade ocidental, de forma geral, às pessoas de terceira idade. Embora este seja um assunto que pareça não ter fim, portanto, será tratado em um contexto mais restrito, porém conhecido de muitos. Uma situação bastante comum é quando um pai, tio, ou avô, já de certa idade e sem condições de residir, ou continuar residindo, sozinho, muda-se para a casa de seus familiares, não obstante existirem asilos e casas de repouso de excelentes condições, mas o carinho e a simples convivência no âmbito familiar são ótimos remédios, e algumas medidas podem ser mostras não só de carinho, mas também de atenção e preocupação com o bem-estar do idoso. Não é segredo para ninguém que, ano após ano, nossa mobilidade, agilidade, força óssea e reflexos já não são mais os mesmos e, para os que pensam que n

Energia e equilíbrio - Reiki

Reiki é uma técnica japonesa para redução do estresse e relaxamento que promove a cura. É transmitido através da "imposição de mãos" e baseia-se na ideia de que uma "energia vital" invisível flui através de nós e é o que nos faz estarmos vivos. Reiki é um método simples, natural e seguro de cura espiritual e melhora que todos podem usar. Tem se mostrado eficaz na cura de, praticamente, todas as doenças conhecidas e cria efeito benéfico. Pode ser usado também em conjunto com todos os outros tratamentos médicos ou terapêuticos para aliviar efeitos colaterais e promover recuperação mais rápida. Não há nenhuma contraindicação. Para entender o que é Reiki, devemos entender o significado de seu nome. A palavra Reiki é composta de duas palavras japonesas: Rei "   sabedoria divina ou o poder superior   " e Ki " energia vital   ". Acredita-se então que Reiki é a energia vital espiritualmente guiada. Apesar de o Reiki ser de natureza espiritual,  não é um

A meditação reduz o estresse e ativa seu cérebro

  Sara Lazar , foi uma das primeiras cientistas a aceitar as subjetivas reinvindicações a respeito dos benefícios da meditação e atenção plena e a testa-los com o uso de tomógrafos computadorizados . O que ela encontrou a surpreendeu – que a meditação pode, literalmente, mudar seu cérebro. Ela explica:  P: Porque você começou a prestar atenção para a meditação, atenção plena e o cérebro? Lazar:  Eu e uma amiga estávamos treinando para a maratona de Boston. Tive algumas lesões por esforço e procurei um fisioterapeuta, que me disse para parar de correr e apenas fazer alongamentos. Então comecei a praticar ioga como forma de fisioterapia. Percebi que era muito poderoso, que eu tinha benefícios reais, então fiquei interessada em saber como funcionava. A professora de ioga usou de vários argumentos, dizendo que a ioga iria aumentar a compaixão e abrir o coração. E eu pensei: “ok,ok,ok, estou aqui para alongar”. Mas comecei a perceber que eu estava mais calma. Estava mais apta a lidar com si

Família, amigos e comunidade

Uma comemoração de aniversário de 90 e 60 anos. Família Vieira - 2015 A importância das relações: família, amigos e comunidade Qual é a biografia das suas relações? À medida que envelhecemos, precisamos explorar a dinâmica dessas relações, admirar as dimensões que conseguimos acrescentar às vidas dos participantes, incluindo nós mesmos, e saborear essas fontes de significado e inspiração. Há algo mais. As últimas pesquisas norte-americanas indicam que os aspectos mais importantes ou valiosos da vida das pessoas são os seus relacionamentos.  As pessoas mais velhas são frequentemente encorajadas a repensarem em suas trajetórias de vida a fim de explorarem cuidadosamente os detalhes de suas memórias biográficas, para que possam elaborar a "história da minha vida". Existem profissionais especializados que ajudam as pessoas idosas a produzir tais memórias, e os membros mais jovens da família são incentivados a entrevistar os mais velhos "antes que seja tarde demais". Ao

A poesia cede lugar a um "texto poético".

A poetisa Cora Coralina morreu no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, aos noventa e seis anos. Perguntaram-lhe em uma entrevista, o que era viver bem. Ela respondeu à repórter:             Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo a você: Não pense.             Nunca diga: Estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo que estou velha e nem que estou ouvindo pouco.             É claro que, quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.             O melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga para você mesma que está ficando esquecida porque assim você fica mais.             Nunca digo que estou doente, falo sempre: Estou ótima!             Não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.             Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se co

Dois caminhos: medicar ou meditar*

A qualidade do envelhecimento está associada ao modo como uma pessoa vive e como ela enxerga seu mundo, portanto se ela começa a dirigir a atenção para si mesma, percebendo seus sentimentos, pensamentos, desejos e aflições, é possível que essa ampliação de consciência traga um pouco de calma e iluminação, um envelhecer com mais sentido e menos sofrimento. Em ritmo ascendente, idosos de todas as idades são orientados a tratar de suas doenças com medicamentos. Pouco é falado sobre alternativas para cuidar não da doença, e sim da saúde de cada um. Os medicamentos provêm da indústria farmacêutica, estão inseridos no ciclo do consumo com infinitos incentivos a consumi-los e diversas promessas de remoção rápida do desconforto. Eles são indicados sem antes se alterar alimentação, qualidade de sono e estilo de vida, que estão diretamente relacionados à condição de nossa vida física e emocional. Tais desconfortos podem ser mais sofridos na velhice, alvo de estigmatização e da cultura do antien