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O segredo de envelhecer bem

Aos 88 anos, continuo a ser um corredor competitivo, sempre percorrendo os últimos 100 metros de uma corrida no limite de minhas forças. A linha de chegada de minha vida se avizinha e espero alcançá-la tendo dado o melhor de mim ao longo do caminho. Tenho treinado meu corpo para atender às demandas desse trecho final. No entanto, eu me pergunto, deveria ter pedido mais de minha mente? Não tenho problemas para levar meu corpo para a academia ou para a linha de partida. Fiz um bom trabalho convencendo-me de que se não me exercitasse libertaria vários predadores que vão atrás dos idosos que ficam em seus sofás, mas não daqueles que estão nas esteiras. Quanto mais eu suava, mais provavelmente meu profissional de saúde continuaria a dizer: "Continue a fazer o que está fazendo, e nos vemos no ano que vem". Era minha maneira de manter a distância o temido: "Senhor Goldfarb, acho que temos más notícias". Minha cabeça, por outro lado, parece menos disposta a ceder à discipli

Uma oportunidade está sempre à nossa espera.

Schatzi, uma mulher feliz. Schatzi tem cabelos grisalhos e é uma avó, mas ela pode fazer 700 km de bicicleta, estudar para conhecer outra área de trabalho e mudar de profissão. Comentário do Blog: Velhice não é doença. Todos somos cidadãos e cidadãs de direitos e deveres. Assim como é dever do estado oferecer serviços de saúde, educação, saneamento básico, condições de mobilidade, acessibilidade e afins é nosso dever aprender a envelhecer. O aprendizado tem início na infância e  deve ter continuidade por toda a vida. Sempre que nos mantivermos de olhos abertos e participantes de atividades sociais vamos identificar e descobrir novas oportunidades. vejamos um exemplo. Nesta palestra, Schatzi nos conta como deixou de só apenas respirar  para começar a viver outras experiências e desafios depois dos 50 anos e compartilha as chaves para fazer uma mudança em nossas vidas diárias. Diz-nos que uma oportunidade está sempre à nossa espera. Ela é María Magdalena Bachmann. Nascida e criada em B

Um pouco mais de amor, por favor

"Preciso me desapegar de certos livros perigosos, que me ensinaram aterrorizantes lições de liberdade, de revolução e disponibilidade, de respeito e amor pelo outro" Por   Déa Januzzi  em 01/10/2018  Não tenho talismã nem bola de cristal, afinal, o mundo digital não permite essas quinquilharias. Mas peço: não internem meus sonhos num hospital psiquiátrico. Não aprisionem os meus desejos, quero os meus pesadelos livres, sem censura, sem cortes, sem sangue, sem tortura. Deixem que eles venham na inconsciência da noite, na realidade do dia seguinte. Não convulsionem a minha vida. Não chamem a polícia para prender o meu jeito de ser, deixem que eu fuja para bem longe, de preferência sem malas. Não me privem da minha capacidade de indignação. Por favor, sem camisa de força, sem choque elétrico, sem ditadores, sem soluções prontas, por favor, não entorpeçam os meus sentidos. Não deem choque na minha poesia. Chamem a censura, antes que eu fale demais, antes que eu quebre tudo em vol

Velhice é música e poesia

A velhice, já sinto!  A velhice ganhou poesia e uma linda melodia na composição “Jacintho” de Gilberto Gil que aos 76 anos lança disco com canções inéditas e condizentes com seu momento atual. Gil nos diz que está pronto para viver a velhice. Comentário do Blog:   Ontem, dia 12/08 utilizei um dos versos da música OK,OK, OK,OK  do Giberto Gil para encerrar uma palestra/conversa como parte do Momento Gerontológico na Unicap - Universidade Católica de PE. Hoje, é com alegria que compartilho um artigo  com suave poesia do cotidiano e  a alegria de viver de Cristiane T. Pomeranz   Ultimamente é ela quem dá as cartas aqui em casa e eu tenho acatado com muito carinho a necessidade que ela tem de estar acompanhada. E se a velhice é uma construção de afetos, ela soube como ninguém envelhecer e conquistar meu coração que percebe, nos dias atuais, uma possibilidade de devolver, pelo menos um pouco de todo amor que ela sempre me entregou ao longo da sua vida. Faz 10 anos que trabalho com velhos. V

Cada vez más longevos: la necesidad de otra mirada

Nunca en la historia la humanidad vivió tanto, y sin embargo la sociedad se rige con parámetros de una vida corta. Los nuevos objetivos y la eterna actividad. Comentário do Blog: Mais do que olhar precisamos aprender a envelhecer,  mudar valores pessoais para que possamos contribuir para que o envelhecimento seja tema presente nas escolas do jardim de infância às Universidades. Criar novo paradigma, ou seja, o paradigma do aprender a envelhecer. Em sendo necessário use o tradutor que está acima no artigo e Libras á direita. Hace algo más de veinte años, cuando escuchábamos a los especialistas hablar de las personas mayores y el proceso del envejecimiento, poco se podía percibir de la realidad que viviríamos hoy. Personas mayores que no solo son cada vez más en número, sino que deciden ser auténticos protagonistas de una vida para la que no estuvieron preparados:  la mayor parte de sus padres y abuelos vivieron menos que ellos mismos.  Sutil y gran diferencia con las próximas generacion

Mulheres estão melhor preparadas para a longevidade.

Ao falar e refletir sobre a importância do preparo para encarar os novos desafios provenientes do aumento da longevidade da população brasileira, é necessário esclarecer que o tema não se limita, de forma exclusiva, as questões relativas à aposentadoria. Comentário do Blog:  Optei por uma frase de Dalai Lama por dispensar comentários: “Um dia de vida passa, um novo dia chega. O importante é torná-lo significativo”. — Dalai Lama De maneira geral o que normalmente encontramos como uma conduta preventiva, bastante comum entre as pessoas que se preocupam com o seu preparo para a aposentadoria, tem se restringido a um planejamento das questões financeiras e, adicionalmente, com os cuidados relativos à saúde física no futuro. Mas, de forma cada vez mais evidente, estas duas prioridades – muito úteis e necessárias – não tem se mostrado suficientes para assegurar um prolongamento da existência com uma correspondente satisfação e qualidade para continuar vivendo. Especialmente se imaginamos um

Alunos desenvolvem escrita ao registrar memória de idosos

Projeto de escola de São José dos Campos (SP) foi finalista do Desafio Criativos das Escolas 2017 A partir de um trabalho escolar sobre memórias, alunos do 7º ano do Ensino Fundamental do Colégio ECCOS, em São José dos Campos (SP) resolveram colher histórias de moradores da cidade. Em visitas mensais ao Asilo Santo Antônio, a experiência de escuta e a conexão com o outro geraram, mais do que palavras, uma nova visão sobre essa fase da vida, além do protagonismo na  solução de problemas  e muito, muito, afeto. O projeto, inscrito no  Desafio Criativos das Escolas 2017 , foi um dos finalistas da edição. Comentário do Blog: Há dois momentos surpreendentes nesta postagem. Primeiro, encontrar na instituição Porvir um ambiente educacional que ensina para a Vida. Segundo, a iniciativa confirma minha visão de que aprender a envelhecer é preciso. Os alunos ficaram surpresos com o que viram e o que imaginavam ou levavam consigo como carga cultural.É fundamental que o aprender a envelhecer comec