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Cabelo branco sem vergonha, no duplo sentido

O cabelo branco, enfim, achou seu lugar ao sol.

Antes prerrogativa de algumas avós mais seguras de si, agora fazem a cabeça de mulheres já aos 40 anos. Dos homens, também,

Comentário do Blog: Hoje é domingo e o tema é ameno. A autora do artigo o direcionou às mulheres  e tem um motivo: os homens, faz um bom tempo, descobriram o charme dos cabelos brancos. mesmo assim muitas dicas são para ambos, é só olhar as fotos que encabeçam o artigo e lembrar que assim como Antonio Fagundes, muitos outros homens fazem dos cabelos brancos a sua expressão de beleza. Ah! lembro que Miriam Goldenberg é antropóloga e tem livro indicado aqui no Viva a Velhice.

A resistência ainda existe e é grande. Na linha de frente dos contra, estão aqueles que acham que os brancos envelhecem e passam uma sensação de desleixo. Mas há quem reconheça — e essa ala tem crescido! — que a tribo da cabeleira prateada denota um tipo de mulher e homens charmosos, donos de um estilo pessoal e que sabem assumir a passagem do tempo sem maiores encanações.

Em entrevista ao jornal O GLOBO, a antropóloga Miriam Goldengerg, autora da pesquisa “Corpo envelhecimento e felicidade”, diz que as madeixas brancas representam hoje em dia o mesmo que Leilla Diniz representou nos anos 1970 quando, de biquíni, exibiu sua barriga de oito meses nas areias cariocas.

“As mulheres que adotam o visual grisalho aos 40, 50 anos fazem uma pequena revolução simbólica. Assim como exibir a barriga passou a ser lindo após a aparição de Leila, elas libertam quem não aguenta mais pintar os cabelos só por obrigação. As mulheres não estão apenas assumindo os fios brancos, mas mostrando uma forma alternativa, singular e bonita de envelhecer”, afirma Mirian.

A personagem de Meryl Streep no filme “O diabo veste Prada” ou Christine Lagarde, diretora do FMI, viraram fonte de inspiração. Mulheres fortes, bonitas e poderosas, elas representam bem essa onda que celebra um novo padrão de beleza, que vai além da juventude.

Se você quer aderir a esse gesto de libertação, veja como fazer a passagem sem perder o encanto. Para o cabeleireiro Fred, o ideal é clarear os fios aos poucos. “Vale investir em luzes finas, em pouca quantidade, um tom abaixo da cor natural dos cabelos. Assim o grisalho aparece de forma natural e não destoa tanto do restante”, afirma o especialista.

Você pode também substituir a tintura permanente por tonalizantes que não cobrem o branco por completo e tornam a transição mais discreta. Para as que têm os fios virgens, tudo é muito mais fácil: basta um pouco de paciência e esperar que os brancos predominem.

Além da transição, o que pesa nesse momento e faz toda a diferença é o corte. Já que os fios brancos chamam mais a atenção e estão associados a mulheres maduras, um corte bem feito e mais arrojado desmente o preconceito. Fred sugere pontas repicadas em um comprimento médio ou bem curtinho com os fios espetados. O importante é criar esse contraponto que dá aos brancos um tom contemporâneo.

Depois que a cor estiver uniforme e os brancos predominarem, vem a arte de escolher novos tipos de xampus —  os ‘silver’ ajudam a eliminar o tom amarelado que por ventura pode aparecer, mas podem ressecar o cabelo, e portanto só devem ser usados uma vez por semana.

E tem mais: nessa fase da vida em que os brancos aparecem, a textura dos fios tende a mudar. “Tornam-se mais grossos e exigem hidratações frequentes. Para tirar o frizz, o silicone deve ser usado diariamente”, afirma Fred. Nada de mais. Apenas cuidados básicos que, para quem estava escravizada às tinturas, significam uma rotina mais fácil.

Por Julia Medeiros em https://fifties.wordpress.com     

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