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Maturana: sem cooperação e alteridade, não há futuro

  Biólogo chileno, falecido ontem (04/05/21), influenciou as ciências sociais com seus estudos sobre os seres vivos. Crítico das lógicas neoliberais, constatou, pela  teoria da autopoiese : humanidade pode reconstruir o mundo, mas evolução só vem a partir do Cuidado. “ A aceitação do outro junto a nós na convivência, é o fundamento biológico do fenômeno social.  Sem amor, sem aceitação do outro junto a nós, não há socialização, e sem esta não há humanidade.”  Humberto Maturana A Ciência, além dos frequentes ataques que vem sofrendo nas últimas décadas, em decorrência de fenômenos como revisionismo histórico, negacionismo e outras distorções cognitivas que alimentam as regressões do sombrio tempo atual, perdeu, em 6/5/2021, um dos seus maiores expoentes, o neurobiólogo chileno Humberto Maturana, que tinha 92 anos. Resgato aqui algumas ideias que escrevi em setembro de 2020, num texto intitulado  A biopolítica do desacoplamento ,  acerca da genialidade e do espírito humanístico desse not

Emoções dão sentido a vida

O medo e a ansiedade formam um complexo sistema emocional que procura aumentar nosso senso de segurança.  Que nossa força coletiva seja o desejo de um futuro melhor para todos. Emoções dão sentido à nossa vida. É difícil imaginar viver sem alegria, surpresa, raiva, tristeza ou medo. Essas emoções básicas estão presentes na maioria dos mamíferos, mas o que distingue os humanos é como os processamos. O medo é certamente a emoção que despertou o maior interesse e motivou centenas de estudos científicos. Em suma, podemos defini-lo como um estado emocional gerado por um perigo ou uma agressão próxima, que desencadeia uma sensação muito particular e intensa, como se o mundo parasse. É um alarme que nos diz que temos que usar todos os nossos recursos para enfrentar uma situação que nos ameaça. Outra faceta do medo é a ansiedade, que nos adverte sobre um possível perigo que ainda não está presente. Isso acontece graças a uma capacidade única que temos de rever o passado e projetar o futuro, um