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Marc Augé: “Com a tecnologia já carregamos o ‘não lugar’ em cima, conosco”

  O prestigiado antropólogo francês publica 'As Pequenas Alegrias', breviário para se encontrar a felicidade na vida cotidiana "apesar de tudo" Nem triste nem alegre, mas intenso. É assim que se vê o antropólogo  Marc Augé  (Poitiers, 1935) atributo com o qual ele mesmo define a  chanson , cujo cantarolar ele exalta como um dos gestos cotidianos que nos proporcionam “alegrias, apesar de tudo"  –  assim como sair da cama de um hospital e já poder ir a um bar ali perto e, dentro de poucos dias, voltar para casa; tomar um café ou comer um prato de massa com os amigos, o retorno a um romance ou um filme para reviver o impacto que nos causou ... E esse  tudo  são os muitos males que afligem a sociedade em que em 1992 ele cartografou a existência de não lugares ( Não Lugares – Introdução a uma Antropologia da Supermodernidade , editora Papirus, 2017)  –  aeroportos, hipermercados na periferia,  outlets  gigantescos...  –  onde as relações interpessoais, cruciais para n

Onde está Elizabeth?

 O livro é sugestão do Viva a Velhice. O filme é sugestão da amiga  Heloisa Vencedor do Costa Book Awards e do Premio Salerno Libro dEuropa, o romance de estreia de Emma Healey é uma delicada narrativa sobre memória misturada a um thriller.  Maud tem 80 anos e está ficando cada vez mais esquecida. Sua própria filha e sua casa lhe parecem irreconhecíveis, e ela escreve bilhetes para si mesma na tentativa de lembrar do cotidiano. Um dia, um dos bilhetes informa que sua amiga Elizabeth está desaparecida. Embora todos lhe assegurem que ela está bem, Maud embarca numa missão para encontrá-la. A iniciativa, no entanto, acaba se confundindo com a história de Sukey, sua irmã mais velha, desaparecida desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em Onde Está Elizabeth?, Maud (Glenda Jackson) se vê desesperada após sua melhor amiga, Elizabeth, desaperecer. Decidida a solucionar o mistério, Maud decide procurá-la, porém desacreditada por todos ao seu redor, pois está enfrentando uma luta contra o Alzhei

Onde morar e como morar - envelheci, preciso decidir

Comentário do Blog: Assistindo a uma Live/SBGG/PE uma participante perguntou, no Chat, sobre como organizar o ambiente de uma casa com boa acessibilidade para as pessoas que envelhecem. Na esperança receber sua visita aqui no Blog, anunciei que postaria sobre o tema. Ei-lo. Contribuição primeira: Cartilha traz dicas para adequar ambientes residenciais a idosos   Elaborado com uma linguagem simples e acessível, trabalho reúne informações e sugestões para manter espaços seguros e acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida 10/01/2019 | 16:24  – Com foco na adaptação dos  ambientes residenciais  utilizados por idosos, a nova cartilha “Casa Segura” contém orientações práticas e normas gerais que devem ser consideradas para manter espaços seguros e acessíveis a pessoas com  mobilidade reduzida . A publicação, disponível para  download  gratuito, foi elaborada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Mato Grosso (SBOT-MT) em parceria com o Conselho de Arquitetura e

Envelhecimento e desigualdades

Políticas de proteção social aos idosos em função da Pandemia Covid-19 no Brasil A pandemia da Covid-19 traz desafios a todo o mundo, particularmente aos países de baixa e média renda, dada a fragilidade das políticas públicas. Estudo do Imperial College of London1 destacou o caráter global do desafio. Uma ação firme e coordenada dos governos, centrada no isolamento social para toda a população, poderá salvar milhões de vidas mundialmente. Sem desconsiderar o impacto socioeconômico, decisões emergenciais devem sopesar primordialmente a vida de todos, a despeito dos interesses imediatistas econômicos.  No Brasil, mais de 80% dos idosos dependem exclusivamente, para seus cuidados de saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa proporção é ainda maior entre negros2 e pobres. Há anos o SUS vem sofrendo cortes orçamentários profundos, e muitos de seus equipamentos já estavam à beira de colapso por excesso de demanda, antes mesmo da pandemia. A desigualdade é gritante - como expressou clar

Devolva a voz a uma geração esquecida

Conferência organizada por EL PAÍS, CincoDías e Cadena Ser aborda os desafios de cuidar dos idosos e do lugar que ocupam na sociedade Por:  MARTA PINEDO     Madrid  -  26 DE NOVEMBRO DE 2020  -  18:08  BRST É necessária uma mudança no modelo de atenção  aos idosos  que os coloque verdadeiramente no centro. Para eles e seus projetos de vida. Esta é uma das principais conclusões da conferência realizada esta quinta-feira, organizada por EL PAÍS, CincoDías e Cadena Ser, sob o título 'Os mais velhos: a geração esquecida'. A pandemia atingiu duramente o coletivo e  revelou as deficiências do sistema residencial  , mas já havia problemas estruturais antes desta crise. Como  uma solidão indesejada  . Ou a necessidade de promover cuidados domiciliares atualmente subfinanciados. O evento, que contou com a colaboração de Loterías y Apuestas del Estado, foi inaugurado pelo Secretário de Estado dos Direitos Sociais, Ignacio Álvarez, e foi estruturado em duas mesas redondas e uma entrevis

Violência contra as mulheres e meninas é pandemia invisível - ONU Mulheres

  Leia a íntegra da declaração de Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres e vice-secretária geral das Nações Unidas Com 90 países em confinamento, quatro bilhões de pessoas agora estão se abrigando em casa contra o contágio global do novo coronavírus (Covid-19). É uma medida protetora, mas traz outro perigo mortal. Vemos uma pandemia da invisibilidade crescente, a da violência contra as mulheres. À medida que mais países relatam infecções e bloqueios, mais linhas de ajuda e abrigos para violência doméstica em todo o mundo estão relatando pedidos crescentes de ajuda. Na Argentina, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido [1] e Estados Unidos [2], autoridades governamentais, ativistas dos direitos das mulheres e parcerias da sociedade civil denunciaram crescentes denúncias de violência doméstica durante a crise e aumento da demanda para abrigo de emergência [3,4,5]. As linhas de apoio em Singapura [6] e Chipre registraram um aumento de chamadas em mais de 30% [7]

«No hay que medicalizar las residencias»

  Comentário do Blog : Esta entrevista, com Lourdes Bermejo, foi realizada por Francisco Olavarria Ramos em  10 de agosto de 2020. O tema continua sendo uma atualíssima e excelente fonte de conhecimento e de reflexão para gestores de Instituições de Longa Permanência (ILPI) que estejam pensando em ambientes considerados moradias e não de internamentos para idosos brasileiros. ¿Qué balance hace de la gestión que las distintas administraciones han hecho de la pandemia con respecto a la atención al colectivo de personas mayores? Tristemente hay que reconocer que la gestión no ha sido buena, de haberlo sido ni el número de personas mayores fallecidas hubiera sido tan elevado, ni el miedo y el sufrimiento generado en tantas personas (personas mayores, personas con discapacidad, profesionales, familiares, vecinos …) hubiera sido tan comúnmente experimentado y expresado. Creo que los errores empezaron desde el principio con una escasísima anticipación y preparación, lo que impidió la toma