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Ilusão neoliberal de independência

Ilusão neoliberal de independência contribui para servidão jamais vista, diz psicanalista “O neoliberalismo não é possível sem uma colonização psíquica, que responde pela obediência inconsciente!", explica a docente Nora Merlin I – Vida e arte Em qual encruzilhada estamos? O que nos pode salvar ou destruir por completo? Essas são algumas indagações que nos levaram a pesquisar o quanto o neoliberalismo não é apenas um modelo econômico, mas uma prisão de subjetividades. Por que repetimos o que não é bom para nós e defendemos o que nos prejudica? O cineasta inglês Ken Loach, tão perspicaz em “auscultar” a sociedade capitalista, parodia os tempos atuais, magistralmente, em seu mais recente trabalho  Sorry we missed you . Estamos lá, na aflição do ex-operário da construção civil, desalentado pelo desemprego, buscando uma salvação de vida para ele e sua família. É emblemático o diálogo que inicia a película entre Ricky Turner, a voz de quem perdeu a credulidade no sistema, e

Carta-aberta à população brasileira e o protagonismo dos Direitos Humanos

   “A luta deve continuar para haver políticas públicas que gerem oportunidades iguais para todos” Zilda Arns CARTA-ABERTA À POPULAÇÃO BRASILEIRA, sobre o Decreto nº 10.604, de 20 de janeiro de 2021, que entra em vigor em maio deste ano e deixa de seguir o protagonismo dos Direitos Humanos universais, não bastando que o Ministério de Direitos Humanos, hoje inserido no mesmo Ministério de temas sensíveis “Mulher e Família”, deixa de protagonizar sua amplitude. Leia o documento na íntegra  Atualmente, o Brasil apresenta cerca de 34,6 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (portanto, idosas de acordo com a definição da Organização das Nações Unidas, ONU), sendo em termos relativos, 16% da população total, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - PNAD-Contínua, 2020). A ONU define um país como ‘envelhecido’ quando a proporção de pessoas acima de 60 anos ultrapassa 14%. Antes do ano 2050 chegaremos a 30%. Este envelhecimento extraordinariamente rápid

Pelo direito de o idoso escolher onde, como e com quem morar

  O envolvimento dela com o ser humano vem de longe – de berço, da mais tenra infância, observando o exemplo dos pais, militantes das Comunidades Eclesiais de Base da região do ABC Paulista. Maria Aparecida de Souza Rosa parece que foi talhada para ser assistente social, no sentido mais amplo da função. Ela coloca a mão na massa quando precisa, domina legislação, se empenha a fundo para dar conta de todos os que necessitam de amparo, acolhimento, justiça.   Maria Lígia Mathias Pagenotto É incansável em suas convicções. Formada em enfermagem, especializou-se ainda em psicopedagogia e em saúde pública. No estudo da gerontologia, tratou de uma questão crucial: a ausência de moradias dignas para idosos, a possibilidade de, simplesmente, permitir que façam suas escolhas sobre onde, com quem e como morar. Intitulado “Moradia, a Pasárgada dos Velhos?”, Maria Aparecida defendeu seu mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em maio de 2011, tendo como orientadora a prof

Velhas Bonitonas de Maria Seruya

  Velhas Bonitonas é o projeto inspirador da artista plástica Maria Seruya que retrata o poder e beleza das mulheres que, com ou sem rugas, têm a capacidade de se se mostrarem autenticas. Uma beleza que vem da alma e que resulta das histórias dos dias já vividos e da ousadia pela vida vivida a cada momento tal como ela é, sem receio dos dias por viver. Aprender a caminhar em direção à velhice, conforme nos diz Maria Seruya, é fundamental! Leia esta magnífica entrevista e inspire-se para essa caminhada.   Maria Seruya e as suas Velhas Bonitonas – “Ousar ser quem somos.” Falando da Maria Seruya “Velha Bonitona”, acha que este projeto alterou a sua forma de pensar e até compreender melhor a sua própria caminhada em direção à velhice? É a sua própria “coach” de desenvolvimento pessoal? O envelhecimento nunca foi algo que me assustasse, sempre foi algo que admirei muito. Penso que se deve aos exemplos de vida inacreditáveis na minha família, nomeadamente de Mulheres, que sempre ambi