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Idadismo: Educar é preciso

J á ouviu falar em idadismo? Também conhecido como ageísmo ou etarismo, trata-se do muito comum, mas pouco debatido, preconceito pela idade. E, se você quer saber mais sobre essa forma de discriminação e como vencê-la, assista aqui o debate especial na live de lançamento do livro em 2020: ‘Idadismo, um mal universal pouco percebido" por Egídio Dórea. Dórea é coordenador da USP 60+, maior programa de Universidade Aberta para a terceira idade do Brasil. A iniciativa é uma realização conjunta das redes @aging2.0sp, @ativenbrasil e USP 60+, em parceria com a Unibes Cultural. Sandra Regina Gomes, coordenadora de políticas públicas para a pessoa idosa da prefeitura da Cidade de São Paulo, também participa do encontro. É importante lembrar que  em  18 de março d e 2021a  Organização das Nações Unidas (ONU)  lançou um importante  relatório divulgado nesta quinta-feira (18)  aponta que, a cada duas pessoas no mundo, uma tem preconceito com pessoas mais velhas. O documento, elaborado por

Com que idade começamos a envelhecer?

  Diante da tradicional fronteira fixa de 65, os especialistas defendem o cálculo de quando teremos 15 anos de expectativa de vida restantes Se dermos uma olhada na imprensa espanhola de um século atrás,  é provável que em breve encontraremos um "velho" na casa dos cinquenta.  É assim que se referiam a eles, sem desvios ou eufemismos, e era totalmente lógico: a expectativa de vida em nosso país era de cerca de 41 anos naquela época e  não  passava de  60 até o final da década de 1940.  Claro, também havia nonagenários e até alguns centenários, que inspiraram o espanto reservado às maravilhas biológicas, como aquela navarresa de 103 anos que foi exposta num quartel durante as festividades de San Fermín enquanto tricotava. Os tempos mudaram e a expectativa de vida sofreu uma verdadeira revolução. Nas tabelas mais recentes do Instituto Nacional de Estatística,  é de 80,9 anos para os homens e 86,2 anos para as mulheres.  Essa evolução turvou as fronteiras entre os vários estág

Cansaço, depressão, videonarcisismo: os efeitos da pandemia segundo Byung-Chul Han

Ele é talvez um dos pensadores mais proeminentes de nosso tempo. Estamos nos referindo, aliás, ao sul-coreano Byung-Chul Han (1959). Seus postulados adquirem relevância capital à luz do que está acontecendo nos dias de hoje, quando a pandemia do coronavírus atingiu e superou todos os recordes em nosso país. Para o filósofo asiático, o que deve ser entendido é que o vírus faz com que os males da sociedade que existiam antes da pandemia se destacassem com mais força. Nesse sentido, em um breve ensaio publicado  no jornal espanhol El País, ele disse que o maior sentimento de cansaço é de longe o mais perceptível. “De uma forma ou de outra, todos nos sentimos muito cansados ​​ e exaustos hoje.  É um cansa ç o fundamental, que acompanha de forma permanente e em toda a parte a nossa vida como se fosse a nossa pr ó pria sombra.   Durante a pandemia, nos sentimos ainda mais exaustos do que de costume. Até a inatividade que o confinamento nos obriga a nos cansar. Não é ociosidade, mas cans

Consumismo X Felicidade

Rizzatto Nunes escreveu sobre a  felicidade como produto de consumo e Vitor Guglinski publicou no Jus Brasil. Nunca é demais retornar ao tema da felicidade, algo que, como já referi, o mercado oferece abertamente. Nos anúncios publicitários, por exemplo:  "Pão de açúcar, lugar de gente feliz" . Nos nomes de produtos e nas promoções como a dos brindes no Mc Lanche Feliz ou do Mc Dia Feliz do Mc Donald's. O mercado oferece também a paixão, que, claro, leva à felicidade:  "Grandes paixões a gente nunca explica. Apenas sente. Seja sócio Premiere FC e viva a emoção de ver as conquistas do melhor time do Brasil: o seu! "  etc. Examinando-se os anúncios publicitários, como regra, o que se vê são pessoas bem sucedidas, sempre sorridentes, alegres, cantando, se abraçando, passeando, dançando, enfim, felizes. E não é para isso que os produtos e serviços são oferecidos? Para que as pessoas se sintam bem, se satisfaçam, atinjam seus sonhos, cheguem ao patamar desejado, isto

Os homens também envelhecem

  É comum ouvir mulheres reclamando sobre o que seria uma injustiça básica da natureza, aquela que faz com que os homens “envelheçam melhor”. Por  * Ivan Martins  -Editor-executivo de ÉPOCA    Mas a batalha deles contra o tempo não é a da aparência Elas olham para os nossos cabelos brancos, para as rugas ao redor dos nossos olhos, e concluem que essas coisas nos caem bem – as mesmas coisas que, nelas, são percebidas como sinais detestáveis da passagem do tempo. Na condição de um sujeito que começa a ficar grisalho e que só enxerga as rugas ao redor dos próprios olhos quando põe óculos de leitura, eu gostaria de dizer algumas coisas sobre esse assunto. A primeira é: obrigado. Obrigado às mulheres por serem generosas e encontrarem charme nos sinais de decadência que nos assustam. A gente olha no espelho e fica contrariado com o que vê, mas o olhar de vocês, de alguma maneira, sinaliza que está tudo bem – que ainda somos desejáveis, embora já não sejamos jovens. Acontece que envelhecer nã

Segurança alimentar - liderança feminina

Liderada por mulheres, agricultura urbana cresce no Rio de Janeiro, contribuindo com o meio ambiente e a segurança alimentar Concentrando 39% de toda a população do estado, cerca de 6,7 milhões de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com extensão territorial de 1.197,463 km² e geografia marcada por três maciços – da Tijuca, da Pedra Branca e do Gericinó-Mendanha, além de 84 km de orla, o Rio de Janeiro é uma das metrópoles mundiais que se destaca também pela sua produção agrícola. A chamada agricultura carioca urbana, ou agroecológica, é forte e resistente, apesar de todas as dificuldades que o setor enfrenta. Quem garante são as lideranças dos próprios agricultores. Ainda pelo sétimo capítulo da série de reportagens sobre sustentabilidade, arquitetura, urbanismo e paisagismo, iniciada em junho – mês dedicado mundialmente ao meio ambiente –,  o Rio Capital Mundial da Arquitetura convida hoje para falar sobre o assunto, a agricultora Giova

Qual o significado do consumo em nossas vidas?

  Gilles Lipovestky -  O teórico francês é conhecido pelos estudos sobre o consumo, principalmente por não ter uma visão condenatória do consumo.  Uma casa, um meio de transporte digno, atendimento hospitalar, uma vacina, um remédio, comida na mesa, boa escola para os filhos. Consumo. Consumo de bens básicos que levam ao grande direito da modernidade: a felicidade. Poderíamos, assim, condenar o consumo? Esta questão é chave para compreender a obra de  Gilles Lipovetsky . O filósofo se destaca pela abrangência de suas análises, que cruzam a realidade, passando pelas necessidades mais fundamentais das pessoas. Suas conclusões estão longe de serem desligadas da vida, pelo contrário, ele escreve sobre inúmeras questões presentes no cotidiano, de maneira objetiva e acessível. O teórico francês é conhecido pelos estudos sobre o consumo, principalmente por não ter uma visão condenatória do consumo.  Ao explorar o assunto, Lipovetsky abre ramificações para explorar temas como: - o aumento da l