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Pilar de Yzaguirre: A vida é a única coisa que temos

A produtora de teatro, que ajudou a trazer para a Espanha as vanguardas do palco, mas também os anticoncepcionais e o debate feminista nos anos 70, estreia uma nova peça aos 85 Por:  LUZ SÁNCHEZ-MELLADO   Madri  -  27 DE FEVEREIRO DE 2021 - 20:30 A í está, resplandecente e muito próxima, não tem perda. Cabelos muito brancos, lábios muito vermelhos, suéter claro, calça escura e um três quartos preto e branco que comprou "há séculos, à venda em Murcia", como confessa quando louvo o seu gosto, com aquela cumplicidade imediata que é estabelecido entre meninas que amam os trapos. Encontramo-nos no teatro Fernán Gómez de Madrid, onde estreia o "penúltimo" espetáculo da sua vida, quando podia estar com os netos e bisnetos. Desde que nasceu, nove meses antes da Guerra Civil, filha de um engenheiro basco e uma iluminada burguesia catalã - "Eu era uma boa menina que passava fome de sobra", explica ela ¨— De Yzaguirre sempre foi "contra a maré , "mova-se em

Setenta anos, porque não? Lia Luft

Comentário do Blog: A escritora Lia Luft nasceu em 15 de setembro de 1938. Em 2015 publiquei este artigo no Blog mas, hoje, senti vontade de trazê-lo de volta, e aqui está: Setenta anos, porque não? "Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?  O tempo me intriga, como tantas coisas, desde quando eu tinha uns 5 anos. Quando esta coluna for publicada, mais ou menos por aqueles dias, estarei fazendo 70. Primeiro, há meses, pensei numa grande festa, eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pequenos. Mas pensei: bem, 70 vale a pena! Aos poucos fui percebendo que hoje em dia fazer 70 anos é uma banalidade. Vou reunir filhos e