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Mostrando postagens com o rótulo valores

O uso do diminutivo "inha"

Você já deu “uma bola fora” com os 60+? "O pior de tudo é que virei a “Dona bonitinha, boazinha, velhinha, inha inha”… A moça do mercado sempre fala que é pra ” deixar a senhorinha passar na frente”. Isso me aborrece um tanto...." Comentário do Blog:  O diminutivo na língua portuguesa possui mais funções do que imaginamos. Afinal, o usamos em várias situações, sem mesmo percebermos. Veja só: a) Mãezinha, traz um copo d’água para mim? b) Era uma mocinha encantadora. c) Dá-me um pedacinho bem pequeno. d) O que você vai fazer para aquele homenzinho? Observe que cada oração acima tem um sentido próprio: a primeira passa afetividade; a segunda, amabilidade; a terceira, modéstia, reforçada com o seguido “bem pequeno” e a quarta, desprezo. Vê-se que o diminutivo é muito utilizado para que nos expressemos de diferentes modos. Por isso, não deve ser desconsiderado, mas usado com cautela,  atenção e respeito. Vejamos um fato real. Por Gabriela Goldstein que é Fisioterapeuta, profes

Sábado e a música da geração Boomers

Qual é a sua música? Você pode postar aqui. Comentário do Blog:   Lembro que é considerada "geração Boomers" os nascidos pós segunda guerra. Um dos maiores compositores brasileiros, o mineiro de Ubá Ary Evangelista Barroso (1903-1964) foi também uma figuraça. Locutor esportivo, animador de programa de calouros, egocêntrico, ranzinza profissional, ele era capaz de criticar até o próprio desempenho como cantor. A música de hoje é uma canção de protesto racial pioneira, composição de Ary Barroso lançada por 4 Ases e um Coringa. [youtube]https://youtu.be/lY6xNUcRsdw[/youtube] Terra Seca Ary Barroso (1943) (Trabalha, trabalha, nego)        (Trabalha, trabalha, nego) Nego tá molhado de suor          As mãos do nego tá que é calo só Ai, meu senhor                            Nego tá véio Não aguenta                                 Esta terra tão dura, tão seca, poeirenta (Trabalha, trabalha, nego)        (Trabalha, trabalha, nego) Nego pede licença prá parar     Nego não pode mais tr

Vivemos tempos líquidos

ZYGMUNT BAUMAN: VIVEMOS TEMPOS LÍQUIDOS. NADA É PARA DURAR Comentário do Blog:  Embora já tenha compartilhado algumas entrevistas de ZYGMUNT BAUMAN ainda não li seus livros. Mas, uso de um artigo PUBLICADO EM RECORTES POR GISELI BETSY   que comenta Bauman com muita propriedade, de tal forma que aqui o posto.  Tudo gira em torno das relações humanas e é dela e com ela que aqui trabalhamos o tempo todo. Mesmo com sinais de pouca durabilidade, necessário é que as relações sejam respeitosas e solidárias e mais ainda permeadas pelo Cuidado. Este Cuidado amoroso que a humanidade tanto precisa e depende. Como referência pus uma foto que fiz nestes dias de feriado prolongado. O texto me fez pensar sobre ela, as relações sistêmicas, o amor e a liberdade. Estamos cada vez mais aparelhados com iPhones, tablets, notebooks, etc. Tudo para disfarçar o antigo medo da solidão. O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento. Este

Ética e moral, você sabe a diferença?

Comentário do Blog: considero oportuno e adequado o tema Ética e Moral, tanto para  o tema do Blog quanto para o momento histórico que construímos e agora vivenciamos. A professora Teresinha Rios nos ajudará no conhecimento. Existe alguma confusão entre o Conceito de Moral e o Conceito de Ética. A etimologia destes termos ajuda a distingui-los, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Esta confusão pode ser resolvida com o estudo em paralelo dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. É a “ciência dos costumes”. A Moral tem caráter normativo e obrigatório. Já a Ética é “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, assim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o

Os desafios mais rentáveis da humanidade

Envelhecimento e câncer estão entre os problemas que geram mais negócios Comentário do Blog: Estejamos atentos às transformações,  o envelhecimento   e a longevidade são fenômenos demográficos, sociais e econômicos.  Em 30 anos, na turma de mais de 65 anos vai ter mais gente do que a da faixa das crianças menores de 5 anos. Será um acontecimento histórico que vai gerar a maior transformação social, política e econômica da humanidade, avaliam analistas econômicos. Mas ... nossa atenção precisa gerar ações concretas para a definição de uma Política Social cque respeite os Direitos Humanos. O mundo nunca teve que enfrentar tantos desafios. Terrorismo,  mudanças climáticas , desigualdade, escassez de água, concentração de terras, disrupção digital, pandemias como as de câncer e  de obesidade . Como se fosse pouco, o envelhecimento da população do planeta é o prelúdio de todas as grandes transformações que viveremos. Essas forças estruturais podem levar a um panorama aterrador ou a uma era

Discriminação na terceira idade

Discriminação na terceira idade é mais comum do que pensamos Você já se sentiu tratado com menos respeito ou cortesia do que os outros? Já sentiu que estão te tratando como se você não fosse “tão esperto” ou “tão bom” quanto os demais que estão no mesmo ambiente que você? Enfim, você já se sentiu discriminado por causa de sua idade, sexo, renda, etnia, aparência? Pois um número surpreendente de idosos relata que já experimentaram situações discriminatórias: 63%, para ser exato. As informações são de um estudo publicado recentemente sobre o envelhecimento, no Research On Aging. Segundo o autor da pesquisa, o sociólogo Ye Luo da Clemson University, a causa mais citada para se sentirem discriminados é a idade avançada. 30% dos idosos entrevistados afirmou já ter sido maltratado por causa de sua idade.  A percepção de ter sido discriminado em função de gênero, raça, deficiência ou aparência é mencionada por poucos. A discriminação, por si só, já é um dado social preocupante.  Mas ela não v

"Mesma velhice", por Ruy Castro

Folha de São Paulo, 25 de setembro de 2015 Justiça se faça ao rock: nenhuma outra música envelheceu tão bem. Tome alguns artistas do Rock in Rio e veja como eles eram em começo de carreira, nos anos 60: jovens, magros, bonitos, "rebeldes", contestadores, com longas e louras cabeleiras. Na Califórnia, as moças se furavam mutuamente os olhos pelo simples direito de contemplar Jim Morrison, o líder dos Doors. Morrison morreu ao tomar banho, em 1971, aos 28 anos, em Paris. Se tivesse sobrevivido, teria hoje 71, e como estaria? Talvez igual à maioria dos seus companheiros de geração: velho, gordo, feio, desdentado (cocaína faz mal aos dentes), careca ou com restos de cabelo branco, botina, calça de lona, munhequeira e colete aberto sobre a barriga branca e insubmersível. Mas, agora, vem o lado bonito da coisa. O fato de esses homens terem hoje mais de 70 anos e serem, quem sabe, diabéticos, não incomoda seus jovens fãs. Sim, os caras envelheceram, e daí? –dirão os garotos. Está ce

A ONU e a Velhice: Mudança de Paradigmas

É possível deduzir que este artigo foi escrito em 2003. Considerando que em fevereiro de 2002 a ONU definiu um  Plano de Ação Internacional discutido e aprovado na  Segunda Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, realizada em abril do mesmo ano em Madri. Em 2003 o Governo Brasileiro publicou o documento Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento e foi aprovado, também em 2003, o Estatuto do Idoso. Gostaria que os leitores, deste Blog, atentassem para o conteúdo do artigo e fizessem uma rápida análise sobre as mudanças ocorridas de lá para cá e registrassem no formulário de comentários. Agradecida. O idoso deve ser inserido no mercado de trabalho   Por Marcelo Stefano  Jornalista  e Divulgador Científico Essa é, para a Organização das Nações Unidas (ONU), uma das maneiras de resolver o grave problema de envelhecimento da população e evitar a quebra dos sistemas de previdência nos países mais pobres. Tal recomendação consta do Plano de Ação Internacional, aprov

Velhice para que te quero?

Juntos, filosofia, história, música e poesia estão aqui para nos lembrar que é tarefa e responsabilidade nossa a invenção das formas de convivência com este novo laço social que o mundo nos oferece. Nesta conversa, no Café Filosófico do dia 12/08/2012,  o psicanalista Jorge Forbes se encarrega de nos fazer entender essa tarefa.  

Os filhos, a velhice e a velhice e os filhos

Hoje, sexta-feira vamos falar de filmes? Sim, mas com um artigo de Eliane Brum que a partir dos filmes  O Amor, O Quarteto, O Excêntrico Hotel Marigold e o E se vivêssemos  todos juntos? vai tecendo uma análise comportamental dos filhos e dos pais ante o processo de envelhecimento. Compõe esta análise os pontos fundamentais para uma velhice ativa, com amigos, com vida social e cultural, com habitação, com trabalho e recursos financeiros que  permita  viver a velhice com dignidade. Aqui está: Esses filhos perplexos diante da velhice dos pais ELIANE BRUM - 15/04/2013 O cinema anuncia novos arranjos para o envelhecer e traz um olhar irônico sobre essa relação familiar quase sempre conflituosa Uma sequência de filmes mostra que a velhice mudou – ou está mudando. Isso diz bastante sobre o aumento da expectativa de vida, já que um dos temas cruciais da sociedade contemporânea passa a ser como ser velho nestes tempos. E faz com que atores e atrizes sem muita chance de viver

As representações sociais propostas pela mídia

Nos tempos atuais, a mídia se apresenta como portadora de extrema influência na vida das pessoas. Comentário do Blog: No dia 8, sábado, postei a poesia A velhice pede desculpas de Cecília Meirelles. Hoje, Carolina Balbino Moreira Ferreira e Ruth Gelehrter da Costa Lopes (*) encerram o texto citando a poesia e a analisando no contexto do tema. As representações sociais propostas pela mídia atual sobre os idosos apresentam-se, em sua maioria, entre dois polos extremos: do velho como aquele que ainda pode tudo ou como aquele que não pode mais nada. As duas opções são complicadas, pois fogem da realidade. O velho, antes de tudo, é uma pessoa que possui uma história de vida única e uma relação com o mundo também única. Nos tempos atuais, a mídia se apresenta como portadora de extrema influência na vida das pessoas. Isto é, o que ela diz à população é usado como forma de legitimar discursos, ideias e pontos de vista. Sendo assim, tanto de forma positiva quanto negativa, a mídia cria represe

A Velhice

"A palavra velhice é carregada de significados como inquietude, fragilidade, angústia. O envelhecimento é um processo que está rodeado de muitas concepções  falsas, temores, crenças e mitos. A imagem que se tem da velhice mediante diversas fontes históricas, varia de cultura em cultura, de tempo em tempo e de lugar em lugar. Esta imagem reafirma que não existe uma concepção única ou definitiva da velhice mas sim concepções incertas, opostas e variadas através da história."   Neste artigo, os quatro autores repassam a história da velhice desde os Babilônios, Hebreus, da Grécia Antiga e outros momentos históricos até aos dias de hoje. "Para os Babilônios a imortalidade e formas de como conservar a juventude estiveram muito  presentes. A Grécia Clássica relegava os velhos a um lugar subalterno e a beleza, a força e a juventude eram enaltecidas como se evidenciava para alguns filósofos gregos . Porém, Platão trouxe uma nova visão onde a velhice conduziria a

Como viveremos os 30 anos adicionados em nossas vidas?

Ontem Postei um vídeo em que o professor Kalache nos fala sobre os 30 anos ganhos para vivermos a velhice. Hoje Trouxe um trecho das "Considerações finais" do livro publicado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas  em 2004 -   OS NOVOS IDOSOS BRASILEIROS MUITO ALÉM DOS 60?   Os novos idosos, ou aqueles que entrarão no grupo etário dos mais de 60 anos a partir de 2010, são os filhos do baby boom , que experimentaram uma redução acentuada na mortalidade infantil. As mulheres vivenciaram os grandes ganhos na escolaridade e entraram maciçamente no mercado de trabalho. Fizeram a revolução na família, casaram, descasaram, recasaram ou não casaram novamente, tiveram menos filhos. O não-casar e o não ter filhos passaram a ser opção.  A instabilidade das relações afetivas também afetou os homens. Embora se recasem com mais freqüência que as mulheres, mantêm menos vínculos afetivos com os filhos. O aumento do número de relações pode significar maior fragilidad

Como empregamos nosso tempo?

El tiempo y la eternidad "Todos los instantes de nuestra vida son aprovechables. No los malgastemos en críticas malsanas, en chismes, en arropar rencores, en maldecir con envidia la suerte de otros, en herir de obra o de palabra, en lastimar sentimientos o menospreciar al más débil." El hecho de ser, de estar presentes en esta vida, de poder disponer de un tiempo que se nos da, trae consigo una responsabilidad de infinitas dimensiones que muchas veces no queremos o no sabemos aquilatar. Estamos conscientes de que solo el presente, el momento presente nos pertenece. El pasado lo vivimos, si, pero se nos fue como agua entre las manos dejándonos tan solo la humedad perfumada de un grato recuerdo o de un triste llanto. Se nos fue como el viento que pasa y pasa para no regresar jamás. Los instantes, las horas, los años vividos se fueron y no volverán. El futuro es tan incierto como el más grande de los misterios. Indescifrable e impenetrable. No nos pertenece el mañana

Mudar para melhor é o nosso compromiso

O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais Do Resumo do texto de Tatiana Quarti IRIGARAY e Rodolfo Herberto SCHNEIDER pincei alguns trechos que coloco aqui. Mas, sugiro que sigam o endereço abaixo e terão a satisfação de ler um excelente trabalho.   “....a velhice é uma construção social e cultural, sustentada pelo preconceito de uma sociedade que quer viver muito, mas não quer envelhecer.” “O uso de inúmeros termos e expressões para se referir às pessoas mais velhas e à velhice revela a existência de preconceitos sociais por parte da sociedade e do próprio indivíduo que envelhece.”   “Ao longo das últimas décadas, cada vez mais os indivíduos envelhecem, mas não querem parecer velhos, pois na sociedade brasileira o idoso carece de maior valorização." "A visão do envelhecimento como sinônimo de doença e perdas evoluiria para a concepção de que esta fase do ciclo vital é um momento propício para no

Conceitos e preconceitos

Para bem Viver a Velhice, necessário é que trilhemos os caminhos da informação e do conhecimento. Causam-me desconforto as terminologias utilizadas nas políticas públicas, na maioria dos estudos produzidos na academia, na mídia, no oportunismo do mercado e nos valores presentes na sociedade. Sei que para efeito legal, idoso é a denominação oficial de todos os indivíduos que tenham sessenta anos de idade ou mais. Este é o critério adotado para fins de censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo Instituo Brasileiro de Pesquisa Aplicada (IPEA), utilizado também pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas políticas públicas que focam o envelhecimento. Velho, idoso e terceira idade são categorias que compõem as “construções sociais utilizadas para situar o indivíduo nas várias instituições da sociedade, em proveito da ordem social e do poder”.