Pular para o conteúdo principal

Zezé Motta exalta ancestralidade em desfile da SPFW: "Descendemos de rainhas"

 Fonte: Zezé Motta exalta ancestralidade em desfile da SPFW: "Descendemos de rainhas" (msn.com)

Dona de uma carreira potente e talento único, a atriz e cantora Zezé Motta, com 80 anos completados em junho, atravessa a passarela da 58ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), na tarde desta sexta-feira (18), às 14h30. Integrando o casting da marca Apartamento 03, que tem o estilista mineiro Luiz Claudio na direção criativa, a artista acompanha a coleção de inverno 2025. Batizada de “Grão”, ela faz um tributo ao café, que, para além de um símbolo de resistência e força, também representa riqueza e exploração.   

Em conversa exclusiva com a CNN, Zezé reforça a importância de exaltar a moda nacional a partir de um desfile que celebra a ancestralidade, conectando o passado ao presente. “Estamos falando de uma passarela com diversidade. Eu sou uma artista com 80 anos, e vista pela sociedade hoje como uma idosa. Então, ocupar este espaço, estar nessa passarela, é mostrar para toda mulher com a mesma faixa etária, que elas também podem, e que idade, peso, cor e posição social, não podem ofuscar nossos sonhos”, garante. “Nada é um impedimento, todos os espaços que desejarmos são e merecem ser nossos”, acrescenta. 

O poder da força ancestral Assim como a coleção, que faz um agradecimento àqueles que, de fato, prepararam o terreno para que seus descendentes pudessem colher os frutos, Motta também mantém viva cada uma de suas intersecções ancestrais. “Eu tenho muito orgulho da minha raça, da minha cor, dos meus ancestrais. Sou uma mulher da década de 1940, que viu e que viveu de perto um Brasil que pouco conhecia sua história e sua identidade. Um povo que era oprimido e andava de cabeça baixa, pois diziam que éramos um grupo inferior, e nós aceitávamos”, afirma. Hoje, no entanto, a história está se ressignificando – enquanto alcança novos caminhos. “A população negra conhece um pouco mais da sua história, do seu antepassado e entendeu que somos descendentes também de reis e rainhas”, pontua. Um toque de ousadia é bem-vindo Quando o assunto é a sua relação com a moda, Zezé não abre mão da ousadia. Aliás, esse é um toque especial que já a acompanhou por mais de 50 anos de carreira, sobretudo no período em que o empoderamento da mulher negra era pouco cogitado. “Eu sempre gostei de me vestir, já passei por todas as fases. Tinha a fase androginia, tive minha fase mais sexy, mas sempre fui ousada. Hoje estou numa fase mais comportada, mas ainda adoro ousar”, brinca. SPFW N58 Nesta edição, a temporada tem "As Joias da Rainha" como tema principal, em homenagem a jornalista, editora e diretora criativa Regina Guerreiro. Ao longo de oito dias, o evento promete resgatar o valor da memória como um instrumento para as novas gerações da moda nacional, com curadoria de Renato de Cara. Confira a programação completa. Veja mais: #AfricaFashionWeek teve sua primeira edição no Brasil, em São Paulo 

Fonte: https://youtu.be/H9zPjk0esgA 

https://stories.cnnbrasil.com.br/lifestyle/saiba-o-que-e-moda-sustentavel/_gl=1*1sv5zfi*_gcl_au*MjAwMzA2NzA3OC4xNzI4NjkxNzAw*_ga*MjAzMjIzNjI0OS4xNjgzMDUzNzI5*_ga_XFKMH2HW60*MTcyOTEzMjA4My42NzEuMS4xNzI5MTMzMzQwLjEzLjAuMA.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Dente-de-Leão e o Viva a Velhice

  A belíssima lenda do  dente-de leão e seus significados Segundo uma lenda irlandesa, o dente-de-leão é a morada das fadas, uma vez que elas eram livres para se movimentarem nos prados. Quando a Terra era habitada por gnomos, elfos e fadas, essas criaturas viviam livremente na natureza. A chegada do homem os forçou a se refugiar na floresta. Mas   as fadas   tinham roupas muito chamativas para conseguirem se camuflar em seus arredores. Por esta razão, elas foram forçadas a se tornarem dentes-de-leão. Comentário do Blog: A beleza  do dente-de-leão está na sua simplicidade. No convívio perene com a natureza, no quase mistério sutil e mágico da sua multiplicação. Por isso e por muito mais  é que elegi o dente-de-leão  como símbolo ou marca do Viva a Velhice. Imagem  Ervanária Palmeira   O dente-de-leão é uma planta perene, típica dos climas temperados, que espontaneamente cresce praticamente em todo o lugar: na beira de estrada, à bei...

Se puder envelheça

Os poetas tem o dom de saber colocar em palavras coisas que sentimos e não sabemos explicar, quando se trata de velhice as opiniões divergem muito, e como poeta, talvez Oswaldo Montenegro te convença a olhar para o envelhecimento com outro olhar, mais gentil com sua história, mais feliz com seu presente. Leia: “A pergunta é, que dia a gente fica velho? Não vem dizer que ‘aos poucos’, colega, faz 5 minutos que eu tinha 17 anos e fui-me embora de Brasília, pra mim meu primeiro show foi ontem, e hoje eu tô na fila preferencial pra embarcar no avião. Tem um garoto dentro de mim que não foi avisado de que o tempo passou e tá louco pra ter um filho, e eu já tenho netos. Aconteceu de repente, o personagem do Kafka acordou incerto, eu acordei idoso, e olha que eu ando, corro, subo escadas e sonho como antes. Então o quê que mudou? Minha saúde e minha energia são as mesmas, então o quê que mudou? Bom, a unica coisa que eu sei que mudou mesmo foi o tal do ego, a gente vai descobrindo que não...

‘Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras’ – Manoel de Barros

  Dirigido pelo cineasta vencedor do Oscar, Laurent Witz, ‘Cogs’ conta a história de um mundo construído em um sistema mecanizado que favorece apenas alguns. Segue dois personagens cujas vidas parecem predeterminadas por este sistema e as circunstâncias em que nasceram. O filme foi feito para o lançamento internacional da AIME, uma organização de caridade em missão para criar um mundo mais justo, criando igualdade no sistema educacional. O curta-animação ‘Cogs’ conta a história de dois meninos que se encontram, literalmente, em faixas separadas e pré-determinadas em suas vidas, e o drama depende do esforço para libertar-se dessas limitações impostas. “Andar sobre trilhos pode ser bom ou mau. Quando uma economia anda sobre trilhos parece que é bom. Quando os seres humanos andam sobre trilhos é mau sinal, é sinal de desumanização, de que a decisão transitou do homem para a engrenagem que construiu. Este cenário distópico assombra a literatura e o cinema ocidentais. Que fazer...

Saber ouvir 2 - Escutatória Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...   E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor....

Erótica é a alma em Viva a Velhice

Vamos juntos exercitar o envelhecimento. Retomando o Blog Viva a Velhice agora, com a mão na massa. Para um bom começo escolhi a nobreza de um texto de Adélia Prado. Outros textos serão buscados e aqui apresentados. Dos  escritores, poetas e cientistas compartilharei o conteúdo que, em acordo com meus valores, será um valioso contributo para o alcance do propósito deste blog que é o de bem Viver a Velhice. Começo com Adélia Prado com "Erótica é a Alma". "Todos vamos envelhecer... Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior: tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavel...