Pular para o conteúdo principal

FÓRUM SOBRE QUESTÕES DO ENVELHECIMENTO DA UNICAP

RONALDO CORREIA DE BRITO PARTICIPA DO FÓRUM SOBRE QUESTÕES DO ENVELHECIMENTO DA UNICAP


O médico e escritor Ronaldo Correia de Brito e a fisioterapeuta e professora da Unicap Francisca Alves da Mota serão os palestrantes convidados do primeiro Fórum sobre Questões do Envelhecimento de 2016. O tema abordado será “O que é viver com dignidade no envelhecimento”. O evento  será realizado no dia 15 de março, às 14h30, no auditório G2.

No dia seguinte a Unicap destacou estes aspectos focados pelos convidados:

"Ronaldo enfatizou a necessidade do idoso ter uma vida ativa e, para reforçar o que estava dizendo, fez uma referência ao livro Recordações da Casa dos Mortos, de Fiódor Dostoiévski: “Ao ser preso na Sibéria, o autor russo descreve os trabalhos forçados dos prisioneiros como uma forma de estar vivo. Quando queriam matar alguém faziam o prisioneiro executar um trabalho inútil”. Segundo o escritor, é necessário existir um sentido para que possamos viver com dignidade e, consequentemente, viver por mais tempo.


“O ser humano necessita se vincular ao mundo, sobretudo quando envelhece. Suas ações devem estar vinculadas aos seus afetos e/ou trabalho. Tendo o trabalho um sentido, que represente algo que se queira fazer, é a forma que pode nos levar à longevidade”, ressaltou Ronaldo.

Durante o encontro, os presentes puderam testemunhar um grande exemplo de longevidade: dona Maria José da Conceição, com seus 102 anos, veio de Ponte dos Carvalhos para participar do evento. Ela faz parte do grupo Vamos Renascer.


A professora Francisca acredita que a alegria é fundamental para a busca da dignidade no envelhecimento “Um forte aspecto para manter a qualidade de vida no envelhecimento é a alegria. Ela nos tira o estresse, que muitas vezes é causa de diversas doenças, não só na terceira idade”.  Afirmando ainda que a tristeza é por sua vez outra grande causadora de doenças, a exemplo da depressão.


É importante ressaltar que a realização de eventos como estes são sempre abertos ao público, reforçando nosso papel como uma Universidade Comunitária. As demais palestras estão programadas para todas as segundas terças-feiras do mês, sendo a próxima no dia 12 de Abril. Serão realizados mais sete eventos até o mês de novembro, acompanhe as demais atividades no site do humanitas Unicap.


Fonte: http://www.unicap.br/assecom1/?p=58788

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Dente-de-Leão e o Viva a Velhice

  A belíssima lenda do  dente-de leão e seus significados Segundo uma lenda irlandesa, o dente-de-leão é a morada das fadas, uma vez que elas eram livres para se movimentarem nos prados. Quando a Terra era habitada por gnomos, elfos e fadas, essas criaturas viviam livremente na natureza. A chegada do homem os forçou a se refugiar na floresta. Mas   as fadas   tinham roupas muito chamativas para conseguirem se camuflar em seus arredores. Por esta razão, elas foram forçadas a se tornarem dentes-de-leão. Comentário do Blog: A beleza  do dente-de-leão está na sua simplicidade. No convívio perene com a natureza, no quase mistério sutil e mágico da sua multiplicação. Por isso e por muito mais  é que elegi o dente-de-leão  como símbolo ou marca do Viva a Velhice. Imagem  Ervanária Palmeira   O dente-de-leão é uma planta perene, típica dos climas temperados, que espontaneamente cresce praticamente em todo o lugar: na beira de estrada, à beira de campos de cultivo, prados, planícies, colinas e

‘Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras’ – Manoel de Barros

  Dirigido pelo cineasta vencedor do Oscar, Laurent Witz, ‘Cogs’ conta a história de um mundo construído em um sistema mecanizado que favorece apenas alguns. Segue dois personagens cujas vidas parecem predeterminadas por este sistema e as circunstâncias em que nasceram. O filme foi feito para o lançamento internacional da AIME, uma organização de caridade em missão para criar um mundo mais justo, criando igualdade no sistema educacional. O curta-animação ‘Cogs’ conta a história de dois meninos que se encontram, literalmente, em faixas separadas e pré-determinadas em suas vidas, e o drama depende do esforço para libertar-se dessas limitações impostas. “Andar sobre trilhos pode ser bom ou mau. Quando uma economia anda sobre trilhos parece que é bom. Quando os seres humanos andam sobre trilhos é mau sinal, é sinal de desumanização, de que a decisão transitou do homem para a engrenagem que construiu. Este cenário distópico assombra a literatura e o cinema ocidentais. Que fazer?  A resp

Boas notícias para pessoas sedentárias

Depois dos 50, também é possível entrar em forma. Um estudo garante que a atividade física, mesmo após meio século de idade, seja um bom investimento para a aposentadoria 31% da população que se declara abertamente sedentária (de acordo com o estudo The World Burden of Diseases, publicado na  revista The Lancet)  e que, em meados dos anos 50, não pratica  exercícios físicos,  terá interesse em saber que, segundo  novas pesquisas,  Ainda é hora de evitar a degeneração muscular e óssea que pode fazer de você um homem velho antes do tempo. O estudo, realizado em conjunto por 5 universidades, comparou a função muscular, a densidade mineral óssea (a quantidade de cálcio e outros minerais presentes em uma área do osso) e a composição corporal de idosos que praticaram esportes em todo o mundo. sua idade adulta com aqueles que começaram tarde, especificamente após 50 anos. O objetivo era determinar se o fato de ter começado a treinar tão tarde impede atingir o nível de desempenho atlético e as

Saber ouvir 2 - Escutatória Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...   E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. N

A velhice em poesia

Duas formas de ver a velhice. Você está convidado a "poetizar" por aqui . Sobre o tema que lhe agradar. Construiremos a várias mãos "o domingo com poesia". A Velhice Pede Desculpas - Cecília Meireles, in Poemas 1958   Tão velho estou como árvore no inverno, vulcão sufocado, pássaro sonolento. Tão velho estou, de pálpebras baixas, acostumado apenas ao som das músicas, à forma das letras. Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético dos provisórios dias do mundo: Mas há um sol eterno, eterno e brando e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir. Desculpai-me esta face, que se fez resignada: já não é a minha, mas a do tempo, com seus muitos episódios. Desculpai-me não ser bem eu: mas um fantasma de tudo. Recebereis em mim muitos mil anos, é certo, com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras. Desculpai-me viver ainda: que os destroços, mesmo os da maior glória, são na verdade só destroços, destroços. A velhice   - Olavo Bilac Olha estas velhas árvores, ma