Pular para o conteúdo principal

Quem tem medo de envelhecer - Parte 2

Um tema, dois enfoques, duas mulheres,  idades diferentes, visão atemporal


As mulheres são: Magdalena Lea  na Parte 1 e Carol Miranda na Parte 2.

Carol Miranda, 30 anos faz videos sobre leitura no canal cyberspaceandtime.com, no Yotube e está presente em outras redes sociais.  A encontrei no cyberspace e começa a conversa do dia 03  de junho de 2016, com esta pergunta:

Por que a gente tem tanto medo de envelhecer? Preocupação originada pela leitura dos livros:
O curioso caso de Benjamin Button (F. Scott Fitzgerald)
A mulher desiludida (Simone de Beauvoir)
A máquina de fazer espanhóis (Valter Hugo Mãe)
E na sua conversa faz citação do filme Edukators (2003)


Assista o Tá permitido envelhecer de Carol Miranda e depois compare, analise e conte aqui a sua opinião.


https://youtu.be/Z1bVzIW0ryQ


É interessante ver no cyberspacy  também  o Tá permitido envelhecer,  porque a participação dos amigos da Carol e suas respostas nos oferecem um riquíssimo diálogo.. Todos precisamos aprender a envelhecer e os jovens precisam ter informações disponíveis. A Carol está no caminho certo, ler para conhecer e ter elementos de análise. Sua lucidez é um presente para todos. Mas, importante, necessário  e fundamental é ter qualidade de vida.


Magdalena  Lea foi uma mulher com uma visão a frente do seu tempo seu olhar poético sobre a velhice sempre reservava uma apoteose para a realidade mostrada em fina ironia. Transcrevo o final do seu poema "Envelhecer" como testemunho ...


"E assim termina num tom muito inflamado:
— Meus amigos, também vos asseguro:
Se ao envelhecer encurtamos o futuro
Na mesma proporção cresce o passado!
Calou-se, então, finalmente.
Aproveitando o momento
Foi aí que alguém presente
Fez-lhe este cumprimento:
— Senhora, é cedo — disse —
Para pensar em velhice...
E acrescentou afoito:
— Em seus quarenta anos...
Mas, ela mais que depressa
Sai-se com essa:


— Trinta e oito!"


Hoje, lendo Magdalena  Lea gostaria de tê-la como aliada na tarefa de disseminar informações sobe o envelhecer. Ao ouvir Carol Miranda alegra-me ver os jovens começando a perceber a velhice.  Entretanto, é uma árdua tarefa superar os incontáveis estereótipos que a sociedade criou e carrega sobre a velhice.


Eis que lembro do Saltimbancos:


"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer

Fonte para a Parte 1 com Magdalena Lea: www.velhosamigos.com.br e http://blocosonline.com.br/


Fonte Parte 2 com Carol Miranda  Ta permitido envelhecer   e o Youtube.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Dente-de-Leão e o Viva a Velhice

  A belíssima lenda do  dente-de leão e seus significados Segundo uma lenda irlandesa, o dente-de-leão é a morada das fadas, uma vez que elas eram livres para se movimentarem nos prados. Quando a Terra era habitada por gnomos, elfos e fadas, essas criaturas viviam livremente na natureza. A chegada do homem os forçou a se refugiar na floresta. Mas   as fadas   tinham roupas muito chamativas para conseguirem se camuflar em seus arredores. Por esta razão, elas foram forçadas a se tornarem dentes-de-leão. Comentário do Blog: A beleza  do dente-de-leão está na sua simplicidade. No convívio perene com a natureza, no quase mistério sutil e mágico da sua multiplicação. Por isso e por muito mais  é que elegi o dente-de-leão  como símbolo ou marca do Viva a Velhice. Imagem  Ervanária Palmeira   O dente-de-leão é uma planta perene, típica dos climas temperados, que espontaneamente cresce praticamente em todo o lugar: na beira de estrada, à beira de campos de cultivo, prados, planícies, colinas e

‘Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras’ – Manoel de Barros

  Dirigido pelo cineasta vencedor do Oscar, Laurent Witz, ‘Cogs’ conta a história de um mundo construído em um sistema mecanizado que favorece apenas alguns. Segue dois personagens cujas vidas parecem predeterminadas por este sistema e as circunstâncias em que nasceram. O filme foi feito para o lançamento internacional da AIME, uma organização de caridade em missão para criar um mundo mais justo, criando igualdade no sistema educacional. O curta-animação ‘Cogs’ conta a história de dois meninos que se encontram, literalmente, em faixas separadas e pré-determinadas em suas vidas, e o drama depende do esforço para libertar-se dessas limitações impostas. “Andar sobre trilhos pode ser bom ou mau. Quando uma economia anda sobre trilhos parece que é bom. Quando os seres humanos andam sobre trilhos é mau sinal, é sinal de desumanização, de que a decisão transitou do homem para a engrenagem que construiu. Este cenário distópico assombra a literatura e o cinema ocidentais. Que fazer?  A resp

Boas notícias para pessoas sedentárias

Depois dos 50, também é possível entrar em forma. Um estudo garante que a atividade física, mesmo após meio século de idade, seja um bom investimento para a aposentadoria 31% da população que se declara abertamente sedentária (de acordo com o estudo The World Burden of Diseases, publicado na  revista The Lancet)  e que, em meados dos anos 50, não pratica  exercícios físicos,  terá interesse em saber que, segundo  novas pesquisas,  Ainda é hora de evitar a degeneração muscular e óssea que pode fazer de você um homem velho antes do tempo. O estudo, realizado em conjunto por 5 universidades, comparou a função muscular, a densidade mineral óssea (a quantidade de cálcio e outros minerais presentes em uma área do osso) e a composição corporal de idosos que praticaram esportes em todo o mundo. sua idade adulta com aqueles que começaram tarde, especificamente após 50 anos. O objetivo era determinar se o fato de ter começado a treinar tão tarde impede atingir o nível de desempenho atlético e as

Saber ouvir 2 - Escutatória Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade: A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...   E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. N

A velhice em poesia

Duas formas de ver a velhice. Você está convidado a "poetizar" por aqui . Sobre o tema que lhe agradar. Construiremos a várias mãos "o domingo com poesia". A Velhice Pede Desculpas - Cecília Meireles, in Poemas 1958   Tão velho estou como árvore no inverno, vulcão sufocado, pássaro sonolento. Tão velho estou, de pálpebras baixas, acostumado apenas ao som das músicas, à forma das letras. Fere-me a luz das lâmpadas, o grito frenético dos provisórios dias do mundo: Mas há um sol eterno, eterno e brando e uma voz que não me canso, muito longe, de ouvir. Desculpai-me esta face, que se fez resignada: já não é a minha, mas a do tempo, com seus muitos episódios. Desculpai-me não ser bem eu: mas um fantasma de tudo. Recebereis em mim muitos mil anos, é certo, com suas sombras, porém, suas intermináveis sombras. Desculpai-me viver ainda: que os destroços, mesmo os da maior glória, são na verdade só destroços, destroços. A velhice   - Olavo Bilac Olha estas velhas árvores, ma