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El voto de los mayores - tema oportuno

El rol de las personas mayores y su protagonismo a la hora del voto debe ser asumido como un desafío de alta incumbencia social y determinantes consecuencias económicas.

El envejecimiento de la población es una de las pocas certezas en cuanto a tendencias y proyecciones, una certeza que cambiará las reglas del juego social y político.

Comentário do Blogue: Publicamos este que é o segundo artigo sobre o voto dos idosos. O primeiro, no dia 26/-8/2016,  sob o título O papel político do voto do idosos com enfoque do exercício cidadão e como instrumento de direitos e deveres políticos e sociais. Hoje o artigo faz uma análise da força do voto no contexto sócio político. precisamos pensar, discutir, dar e ter voz.

Una de las dimensiones de análisis que permanecía con poca evidencia, pero que a poco comienza a esclarecerse, es la referente al peso de los mayores en el voto y la gobernabilidad. El interrogante era “¿son las sociedades envejecidas más conservadoras a la hora del voto?”

Antes de sumergirnos en el análisis de la evidencia existente hasta el momento, es necesario hacer un ejercicio retrospectivo sobre el rol que han jugado estas cohortes de la población que hoy son consideradas personas mayores.

Un parámetro para su categorización es lo que en los EEUU se considera la generación de los “Baby boomers”. El consenso ubica en este grupo a aquellas personas que nacieron en EEUU inmediatamente una vez finalizada la II Guerra Mundial: 1946 – 1964. Son los que en 2016 tienen entre 52 y 70 años de edad. Si hay algo que caracterizo a esta generación es que ha redefinido los valores tradicionales, esto fue consecuencia de que ha sido la primera generación que se vio con características e identidad propia respecto de las predecesoras.

Han vivido momentos históricos como revoluciones y movimientos culturales, adelantos con impacto en las libertades individuales como el caso de la anticoncepción a través de la píldora, y han visto como su propia expectativa de vida crecía más de 25 años respecto de la de sus padres o a su propio momento de nacimiento. Han sido generaciones que de jóvenes tuvieron roles sociales activos.

Considerando estos antecedentes, la idea que de “mayores” se comportaran como generaciones “pasivas” no resulta muy convincente.

Algunos datos ya comienzan a dar pistas. Una de las primeras se dio en Escocia. Cuando se analizó el corte por edad de los votos en el referéndum que Reino Unido celebró en 2014, como consulta para evaluar la desanexión o no de Escocia a Gran Bretaña, se observó que 8 de cada 10 votantes mayores de 65 años votaron NO a la separación. El promedio general de voto por la separación fue 45%, en este grupo apenas el 27%, el más bajo entre todas las edades.  A menor edad, más animo separatista. Sin dudas, gran responsabilidad que Escocia permanezca con el Reino Unido se lo debe a sus mayores.

En la elección general de 2015, también en Reino Unido, el voto conservador en los mayores de 65 años llego al 47%, nuevamente el más alto por edad, tanto en hombres como mujeres; y por si quedaba alguna duda en la votación este año del “Brexit” los mayores volvieron a tener un rol determinante: más del 60% de los mayores de 65 años votaron por la desanexión europea.

El caso de España es similar. En Diciembre de 2015 la intención de voto unas semanas antes de la elección presidencial de Diciembre, mostraba que en el grupo de mayores de 65 años la fuerza conservadora representada por el Partido Popular (PP) conseguía el mayor porcentaje de votos (30%) al tiempo que nuevas agrupaciones como Podemos y Ciudadanos apenas alcanzaban el 2% y 9% respectivamente.

Cuando en Cataluña un año antes se midió la intención de voto para apoyar su independencia de España y se preguntó si “Cataluña debía ser un Estado” los mayores de 60 años constituyeron el grupo con menor apoyo a la separación (41,3%). Moraleja: los mayores escoceses y catalanes no gustan de conductas separatistas.

Nuestro país, Argentina, guarda mayor similitud con España respecto del Reino Unido, sin embargo debemos considerar que el proceso de envejecimiento condicionara y afectara a toda la sociedad. En Argentina las personas mayores de 60 años son más de 6 millones y medio.

En las elecciones de 2015 estaban habilitadas para votar en nuestro país algo más de 32 millones de personas, por lo que los “adultos mayores” representan algo así como el 20% de ese padrón. Un número nada despreciable, que seguramente puede seducir a cualquier candidato.

Es por ello que el rol de las personas mayores y su protagonismo a la hora del voto y la gobernabilidad debe ser asumido y considerado como un desafío de alta incumbencia social y determinantes consecuencias económicas que nos afectara en la forma de pensar, planificar e implementar las políticas públicas de los próximos 30 años cuanto menos.

El envejecimiento de la población es una de las pocas certezas en cuanto a tendencias y proyecciones que sucederán, y lo hará de una manera como nunca antes se había visto. Una certeza que cambiará las reglas del juego social y seguramente político también.

Fonte: http://ar.bastiondigital.com/

Por: Diego Bernardini Médico de Familia - Doctor en Medicina por la Universidad de Salamanca, España. Profesor de Postgrado en Argentina, México y España. Director Ejecutivo de la consultora Mayores.org - Washington DC, USA. - www.diegobernardini.com  Em 13/10/2016





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